Atrás no Ibope, Globo tira do ar humorístico "Tomara Que Caia"
O humorístico “Tomara Que Caia” não vai mais ser exibido. Em comunicado enviado à imprensa, a Globo informou que o programa “cumpriu” seu papel. O último foi ao ar no domingo (1), e no horário a Globo passa a exibir filmes.
“O ‘Tomara que Caia’, que foi estendido por um mês, cumpriu o seu papel, trazendo um formato único e inovador, chegou ao final de seu ciclo neste final de semana. No horário, neste domingo, haverá a sessão ‘Domingo Maior’ com o filme Capitão América: O Primeiro Vingador (2011)", disse o comunicado.
O ator Eri Johnson ficou sabendo da decisão na última terça (3), durante uma reunião com o diretor Boninho. Apesar de triste com a notícia, ele explica que a meta inicial era de 12 episódios.
"Na verdade, a gente já tinha a impressão de que a qualquer momento ia acabar. Confesso que quando começou a ser gravado pensei: 'Para sair é um minuto'. Mas eu amei ter feito, foi uma experiência incrível. Em 35 anos de teatro, foi a experiência mais doida, criativa e difícil que eu participei. Eu ficaria com muita inveja se não tivesse participado de um projeto tão audacioso. Estou triste porque acabou, nem acredito que não vai ter domingo", afirmou.
Há três semanas, a Globo anunciou mudanças no formato do programa, que deixou de ser ao vivo e passou a ser exibido gravado. Convidados como o ator Stenio Garcia, a cantora Gaby Amarantos e o humorista Ceará fizeram participações, mas não alavancou a audiência.
Lançado em julho, o "Tomara que Caia" sofreu fortes críticas de telespectadores e também da imprensa especializada devido à falta do ingrediente principal: o humor. A audiência caiu bastante em relação à estreia e tem oscilado entre 9 e 10 no Ibope da Grande São Paulo, contra 12,9 no primeiro domingo. Cada ponto na região equivale a 67 mil domicílios.
Em agosto, o colunista do UOL Ricardo Feltrin já apontava como sem saída a situação do programa. Segundo o colunista, boa parte da direção artística da Globo já parecia ter "ter jogado a toalha", com "pouca ou nenhuma esperança de que o humorístico vá decolar".
"Considerado sem graça e com um elenco cheio de atuações desequilibradas, o 'TQC' poderá ser substituído em breve por filmes, uma alternativa muito mais barata e efetiva", escreveu Feltrin.
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