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Temporada final de Downton Abbey estreia com clima nostálgico e sentimental

Lady Mary e Lady Edith em cena da sexta temporada de "Downton Abbey" - Divulgação - Divulgação
Lady Mary e Lady Edith em cena da sexta temporada de "Downton Abbey"
Imagem: Divulgação

Beatriz Amendola

Do UOL, em São Paulo

09/01/2016 07h00

Mais aclamada série britânica dos últimos anos, “Downton Abbey” inicia a sua despedida no Brasil. Estreia neste sábado (9), no GNT, a sexta e última temporada da série, já totalmente exibida no Reino Unido.

Situados em 1925, os últimos episódios da saga da família Crawley e seus criados carregam um clima nostálgico – tanto pelo fim de uma série que teve um retorno intenso de seus fãs, como pelas mudanças drásticas enfrentadas pelos personagens da trama, em um momento histórico no qual houve a ascensão das classes mais baixas e a aristocracia inglesa se viu obrigada a repensar seu modo de vida repleto de ostentação. 

Nada expressa isso melhor do que uma fala de Lorde Grantham (Hugh Bonneville), o patriarca dos Crawley, para o mordomo Carson (Jim Carter), ferrenho defensor das tradições, logo no primeiro episódio da temporada: “Se eu pudesse paralisar a história em seu curso, talvez eu fizesse isso. Mas eu não posso, Carson. Nem eu ou você podemos deter o tempo”.

A passagem do tempo – e com ela, o fim de várias tradições -- tem sido um tema constante da série desde seu início, mas é nesta temporada final que seu peso fica ainda mais forte. As mulheres da família Crawley, em especial Lady Mary (Michelle Dockery) e Lady Edith (Laura Carmichael), assumem posições de destaque pouco usuais para a época. E os empregados percebem que há vida e possibilidades além de Downton, o que é reforçado pelo retorno, em participação especial, de Gwen (Rose Leslie), uma faxineira que deixou a propriedade para se tornar secretária.

Apesar do olhar saudoso para o passado, o tom da despedida de “Downton” não é melancólico, mas otimista e sentimental. Em meio aos diálogos minuciosos construídos pelo criador Julian Fellowes, os personagens enfrentam reveses e conflitos familiares, mas nada que se compare às mortes que abalaram os fãs no passado.

O ciclo se encerra de forma afetiva em um final que parece até de novela, mas dá desfechos satisfatórios para figuras que foram acompanhados de perto pelos fãs por seis. Fica a expectativa por um possível filme da série, que já foi cogitado como possibilidade por Fellowes e pelo produtor executivo Gareth Neame.

Os novos episódios de “Downton Abbey” vão ao ar aos sábados, às 22h30.