Astro de "Teen Wolf", Charlie Carver se assume gay
O ator norte-americano Charlie Carver, conhecido por atuar na série "Teen Wolf", assumiu sua homossexualidade na última segunda-feira (11). Em seu perfil no Instagram, o ator de 27 anos escreveu um longo desabafo sobre a aceitação de sua orientação sexual em cinco publicações com a mesma foto (um quadro com a frase "Seja a pessoa de que você preciou quando era mais jovem".
No relato, Charlie contou que descobriu sua homossexualidade aos 12 anos e confessou ter sentido ódio de si próprio por isso: "'Eu sou gay’. Eu disse isso para mim primeiro, para saber como me sentia. A verdade dói e eu me odiei por isso. Eu tinha doze anos. Levaria alguns anos para que eu pudesse repetir isso para alguém, enquanto isso eu repetia a frase várias e várias vezes, até que minha boca se sentisse confortável e certa para que eu repetisse para alguém. Nessa época, para minha família.
Em "Teen Wolf", Charlie interpreta o lobisomem Ethan e contracena com seu irmão gêmeo, Max Carver. Na série da MTV, ele já se relacionou com Danny (Keahu Kahuanui), com direito a beijo e cenas na cama.
Leia abaixo o desabafo de Charlie Carver:
“Quando eu era um menino, eu sabia que queria ser ator. Eu sabia que queria muitas coisas! Eu pensei que queria ser pintor, jogador de futebol, um estegossauro… Mas me agarrei nisso de atuar. Eu descobri nessa idade, meio abstratamente, que eu era diferente dos outros meninos da minha escola. Durante o tempo, esse ‘saber’ abstrato cresceu e eu articulei uma gestação dolorida, marcada por dor e alienação, terminando no clímax de dizer três palavras em voz alta: ‘Eu sou gay’. Eu disse isso para mim primeiro, para saber como me sentia. A verdade dói e eu me odiei por isso. Eu tinha doze anos. Levaria alguns anos para que eu pudesse repetir isso para alguém, enquanto isso eu repetia a frase várias e várias vezes, até que minha boca se sentisse confortável e certa para que eu repetisse para alguém. Nessa época, para minha família. Enquanto sair do armário é muito importante para mim, eu queria acreditar em um mundo onde a sexualidade é irrelevante. Que isso não importa ou que, pelo menos, isso não precisasse ser anunciado para um estranho, para um novo colega, para um repórter. Até a frase ‘Sair do armário’ me incomoda, porque está implícito que você isso vem com atenção e isso é algo que eu preferia que estivesse implícito em ser um ser humano, um atributo ou um adjetivo, que só faz parte de como eu me vejo. Eu não quero ser definido pela minha sexualidade. Claro, eu tenho orgulho de ser um homem gay, mas não quero ser identificado como um homem gay ou apenas gay. Eu me identifico com várias coisas, essas identificações se elevam a um espaço e fazem com que seu senso de ser seja fluido. Então agora, vamos deixar isso gravador – Eu me identifico como gay. E isso não importa mais? Como um jovem homem, eu precisava de um jovem em Hollywood para dizer isso sem ser um idiota… Eu devo isso a mim mesmo, mais do que isso, eu precisava disso para ser quem eu era”.
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