Série "Jessica Jones" terá segunda temporada no Netflix
O serviço de streaming Netflix confirmou neste domingo (17) a segunda temporada da série "Jessica Jones", em parceria com a Marvel. A informação foi divulgada durante um evento na Califórnia, no qual também foram divulgadas as datas de estreia das novas temporadas de "Orange is The New Black", "Frankie & Grace", "Unbreakable Kimmy Schmidt" e oito noves séries.
Protagonizada por Krysten Ritter, "Jessica Jones" conta a história de uma heroína ganha a vida como investigadora particular em Nova York. Ela habita o mesmo universo de heróis como Demolidor – cuja segunda temporada será lançada em março de 2016 – e Luke Cage, que aparece na primeira de "Jessica Jones" e também ganhará uma série própria.
Comparada a outros heróis da Marvel, Jessica é uma heroína jovem: ela apareceu pela primeira vez na série de quadrinhos “Alias”, em 2001 (sem relação alguma com a série de TV de J.J. Abrams). Criada por Brian Michael Bendis e pelo desenhista Michael Gaydos, ela foi pensada primeiro como uma variação da Mulher-Aranha, Jessica Drew, de quem herdou o primeiro nome. Mas, por questões de continuidade, ela se tornou uma personagem nova e ganhou uma história própria.
Dona de grande força e resistência e capaz de saltar a grandes alturas, Jessica conquistou seus poderes em um acidente de carro no qual perdeu a família. Ela chegou a salvar vidas como a heroína Safira (Jewel, na versão em inglês), mas uma série de eventos a fez desistir do uniforme para atuar com investigadora.
Bem interpretada por Krysten Ritter, a Jessica da série é uma pessoa com a qual muitos espectadores podem se identificar: ela mora em uma vizinhança ruim, pega casos não muito animadores em seu trabalho, é sarcástica e solitária, bebe bastante (até em expediente), é acordada por ligações no celular, tem vizinhos inconvenientes – e faz sexo, coisa difícil de ser ver nos filmes e séries da Marvel.
Jessica também sofre de estresse pós-traumático, fruto de do passado que tem com o vilão Kilgrave (David Tennant), cujo poder é controlar a mente das pessoas. E é justamente a relação complicada e abusiva entre Jessica e Kilgrave, que a manteve sob seu controle por meses, o motor do arco principal da série. A heroína acreditava que o vilão estava morto, mas ele ressurge na vida dela de uma forma bem perturbadora. Poderes à parte, o embate entre os dois é principalmente psicológico, o que deixa evidente não só as inseguranças e vulnerabilidades da heroína, mas também sua disposição em fazer o que precisa ser feito, mesmo que chegue a extremos.
Em sua jornada contra Kilgrave, Jessica conta (ainda que relutante) com o apoio da amiga de infância Trish Walker (Rachel Taylor), uma ex-celebridade infantil que comanda um programa de rádio, e acaba envolvida com Luke Cage (Mike Colter), que assim como ela tem poderes especiais – e é um dos próximos heróis a ganhar uma série própria no Netflix. A relação da heroína com os dois personagens, também retratadas de forma realista, é permeada de afeto, culpas e desejo de proteção.
Como a primeira temporada, a segunda terá 13 episódios.
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