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Publisher diz que "Playboy" não vai mais pagar cachê: "Não faz sentido"

Vice-presidente da nova "Playboy", André Sanseverino posa ao lado da coelhinha Thays Garcia - Divulgação
Vice-presidente da nova "Playboy", André Sanseverino posa ao lado da coelhinha Thays Garcia Imagem: Divulgação

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

02/02/2016 15h07

Com o desafio de resgatar o glamour de seus tempos áureos, a nova “Playboy” não irá mais oferecer cachês para as musas de capa. A informação foi confirmada ao UOL pelo vice-presidente e publisher da publicação, André Sanseverino, nesta terça-feira (2).

“Estamos com uma nova proposta sobre o nu. Tanto a nossa capa de agora quanto as demais, quem vai dar os limites são elas. O que queremos oferecer é uma experiência única. Vão ser grandes produções, e por isso não faz mais sentido colocar preço na nudez de uma mulher”, disse o executivo.  “O que pretendemos oferecer nenhuma revista oferece e que estar novamente numa capa da ‘Playboy’ seja sinônimo de status”, completou.

A primeira capa da nova “Playboy” já está definida e será revelada na quinta-feira em coletiva de imprensa em São Paulo. “O meu primeiro sonho era comprar a ‘Playboy’ e o segundo era que a capa fosse ela. Só fizemos um convite que foi aceito”, afirmou.

Sem revelar o nome da estrela de estreia desta nova fase da publicação, Sanseverino deu uma pista: “É uma das mulheres mais desejadas pelos leitores da Playboy”. Diferentemente do que estava previsto, a nova “Playboy” chega às bancas em abril – e não mais em março.

André Sanseverino com Rafaela Prado, coelhinha da nova "Playboy" - Divulgação - Divulgação
André Sanseverino com Rafaela Prado, coelhinha da nova "Playboy"
Imagem: Divulgação

Ex-BBBs ou Panicats na nova “Playboy”?
No intuito de reinventar a o conceito da marca, André Sanseverino quer ter na nova fase da “Playboy” um perfil diferente de mulheres em relação aos últimos anos da revista na editora Abril.

Questionado sobre a possibilidade de ter ex-BBBs ou panicats nuas na capa, ele afirmou que o objetivo será ter mulheres com algo a dizer. “A Grazi ou a Sabrina não são ex-BBBs? Então, como vou falar que não teriam espaço? O que posso afirmar é que queremos mulheres com conteúdo”, declarou. 

Fim de um ciclo
A editora Abril anunciou no dia 19 de novembro do ano passado a decisão de deixar de publicar três revistas em 2016. Entre elas, está a "Playboy", que circula no Brasil há 40 anos. Além da revista masculina, a empresa cancelou as publicações "Men's Health" e "Women's Health".
 
"Dando continuidade à estratégia de reposicionar-se focando e dirigindo seus esforços e investimentos às necessidades dos leitores e do mercado, a Editora Abril deixará de publicar, em 2016, as versões brasileiras das revistas 'Men's Health', 'Women's Health' e 'Playboy'. Esse movimento é parte de uma profunda e arrojada mudança da empresa, processo iniciado há cerca de um ano com a revisão do portfólio de produtos e a radical readequação das ofertas Abril à sua audiência, aos seus anunciantes e agências", informou a editora.