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Nudez frontal não será mais obrigatória, diz "Playboy"

Vice-presidente e publisher da nova "Playboy", André Sanseverino posa para foto com a coelhinha Rafaela Prado - Divulgação
Vice-presidente e publisher da nova "Playboy", André Sanseverino posa para foto com a coelhinha Rafaela Prado Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

04/02/2016 10h13

A revista "Playboy", que deixou de ser publicada pela editora Abril no fim do ano passado, volta às bancas em abril, pela recém-lançada editora PBB Entertainment, com um novo conceito editorial. Em comunicado enviado à imprensa, a publicação reafirma o reposicionamento da marca e sua nova filosofia.

"Na nova Playboy, a mulher não será objeto de nudez, ela terá voz na revista e suas histórias de vida serão valorizadas A nudez irá sempre existir, o que muda é o tom e o olhar sobre essa estrela", diz o texto divulgado nesta quinta-feira (4).

A revista destaca que a musa da primeira capa, que será conhecida nesta quinta, aceitou fazer o ensaio "pelo prazer de se despir, nesse contexto de novos valores". E, assim como afirmou o vice-presidente e pubsiher André Sanseverino ao UOL nesta semana, informou que não serão mais pagos cachês para as mulheres que aceitarem aparecer na publicação.

Nesta nova etapa, as musas é que irão estabelecer o limite do nu. "As mulheres vão se despir como e o quanto quiserem, porque a nova Playboy defende que a nudez não deve ser comprada: a mulher é parceira e não terá mais obrigatoriedade de exibir nudez frontal. Assim, fica estabelecido que a estrela pode ter acesso a eventuais acordos e contrapartidas não editoriais, sempre articulados pela vice-presidência de Vendas, Marketing e Publicidade", informou. 

O desafio da nova "Playboy" é resgatar o prestígio e glamour da revista que, no entender de Sanseverino, se perderam com o tempo. "Queremos ter uma revista bacana para que as mulheres sintam novamente orgulho de ser capa da 'Playboy'. E com isso, que as grandes estrelas e formadoras da opinião se dispam para a revista. A internet pode ter popularizado o nu, mas não é o nu que temos na 'Playboy'", declarou o empresário, que prometeu uma "reformulação geral" na publicação em entrevista concedida ao UOL em dezembro.

Fim de um ciclo
A editora Abril anunciou no dia 19 de novembro do ano passado a decisão de deixar de publicar três revistas em 2016. Entre elas, está a "Playboy", que circula no Brasil há 40 anos. Além da revista masculina, a empresa cancelou as publicações "Men's Health" e "Women's Health".
 
"Dando continuidade à estratégia de reposicionar-se focando e dirigindo seus esforços e investimentos às necessidades dos leitores e do mercado, a Editora Abril deixará de publicar, em 2016, as versões brasileiras das revistas 'Men's Health', 'Women's Health' e 'Playboy'. Esse movimento é parte de uma profunda e arrojada mudança da empresa, processo iniciado há cerca de um ano com a revisão do portfólio de produtos e a radical readequação das ofertas Abril à sua audiência, aos seus anunciantes e agências", informou a editora.