"Foi desgastante", diz Deborah Evelyn ao gravar o retorno de Kiki a família
Fortes doses de emoção e adrenalina marcaram o tão aguardado retorno de Kiki (Deborah Evelyn) a família Stewart, no capítulo que foi ao ar nesta terça-feira (16), em "A Regra do Jogo". Dirigida por Amora Mautner, as sequências das cenas do encontro da filha com a mãe, Nora (Renata Sorrah) e com o filho, Dante (Marcos Pigossi), e o embate com o pai, Gibson (José de Abreu) - responsável pelo seu desaparecimento - renderam momentos dramáticos que podem mudar os rumos da história da facção criminosa que movimenta a trama.
Kiki voltou ameaçando o reinado do líder da quadrilha, que a manteve em cativeiro por anos justamente porque ela descobriu a identidade dele. A volta da personagem exigiu extrema dedicação de Deborah. “Foram cenas muito fortes e esperadas em relação a esse núcleo. Estava todo mundo voltado para isso e a direção foi ótima. Mas foi desgastante demais emocionalmente”, conta a atriz em entrevista ao UOL nesta quarta-feira (17).
A sequência em que Kiki revela para a família que está viva foi gravada em três dias. Hoje vai ao ar as cenas do encontro entre ela e a irmã, Nelita (Bárbara Paz), que a viu capítulos antes, mas Gibson a fez acreditar que era um delírio. Apesar da continuidade ser gravada em dias diferentes, Deborah conta que o texto do autor João Emanuel Carneiro a ajudou a recuperar a emoção nos dias seguintes.
“As sequências foram muito bem escritas. Eu não levo o drama da personagem para casa, eu conseguia dormir, ficar tranquila, mas dentro do set, já com todo mundo ali e texto que te leva a isso não era difícil entrar no clima novamente”, afirma ela, que é familiarizada com o elenco, como José de Abreu, Renata Sorrah e Marco Pigossi: “São três pessoas que eu amo”, enfatiza.
Kiki sempre quis voltar para a família, mas tinha medo de Gibson. O sequestro da filha, Ana, a encorajou enfrentar o pai. Em casa, Kiki ameaçou o líder da facção caso não devolvesse a menina, fruto da união com Zé Maria (Tony Ramos), membro da quadrilha encarregado de vigiar o cativeiro de Kiki e por quem ela desenvolveu a Síndrome de Estocolmo [quando a vítima se apaixona pelo sequestrador].
Deborah ressalta que Kiki foi a personagem mais complexa de sua vida. Para se preparar para personagem, ela leu livros de mulheres que já foram vítimas de cárcere privado durante anos. “E é a primeira vez que se fala de Síndrome de Estocolmo. É muito difícil entender quando você não passou por isso, é inimaginável. Foi muito bom para mim esse desafio, de tentar chegar nesses lugares com essa personagem. Fui tentando entrar nesse universo emocional e acho que consegui”, diz.
A atriz conta que o público tem pena de Kiki e que está torcendo para que ela acabe com a facção. Sobre o destino da personagem, Deborah Evelyn espera que a ela consiga seguir sua vida sem traumas.
“Quando li esses livros fiquei me perguntando que vida essas pessoas terão após passarem por essa tragédia. Não sei mesmo como conseguem se refazer, ainda em casos de sequestro que envolvem o próprio pai. Que a Kiki consiga se libertar de verdade internamente dessa prisão de tantos anos”, espera a atriz.
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