Ceará diz que entrar e sair do "Pânico" foram duas felicidades na carreira
Wellington Muniz, o Ceará, deixou o "Pânico" no fim de 2014, e apesar de ter comandado um programa só seu no canal Multishow durante 2015, muitos telespectadores ainda ligam a imagem do humorista ao programa da Band e o cobram com frequência para que ele volte.
"As pessoas pedem para eu voltar para o 'Pânico', eu acho isso bacana porque é normal, é um carinho. É tipo aquela coisa do cara que joga no Flamengo e depois vai para outro clube. Acho que cumpri a minha missão lá, foi um ciclo importante, sou grato eternamente. A gratidão fica e eu costumo dizer que eu tive duas grandes felicidades na carreira profissional: a primeira foi quando entrei no 'Pânico' e a segunda foi quando eu saí para seguir esse novo caminho", contou ele ao UOL.
Sempre alguém vai ficar chateado se você tomar o rumo diferente do que eles querem
A filha Valentina, de apenas um ano e meio, fruto do seu casamento com Mirella Santos, foi a responsável por estimular Ceará a dar um novo rumo em sua carreira. Pai babão, ele costuma publicar vídeos no Instagram em aparece fazendo palhaçadas para a menina.
"Eu tive coragem, porque muitas vezes as pessoas ficam presas num lugar só porque estão numa zona de conforto ou porque ganham dinheiro, mas a gente tem que acreditar e fazer agora. Quando a minha filha chegou, ela me encorajou mais ainda pra tomar essa decisão. Foi válido, eu estou muito feliz e vamos que vamos".
O desejo de deixar o programa da Band já era antigo. O humorista disse que pediu para sair do "Pânico" quando faltava um ano para seu contrato vencer, mas não foi liberado.
"Acatei as ordens, segui trabalhando, cumprindo os horários e quando faltavam dois meses para vencer o contrato, eles me liberaram, foi tudo na boa. Cumpri minha meta lá, mas sempre alguém vai ficar chateado se você tomar o rumo diferente do que eles querem", conta, sem entregar quem do elenco ou direção se incomodou com sua saída.
Há 13 anos no ar, o "Pânico" tem enfrentado queda de audiência nos últimos meses e até ficou atrás do "Encrenca", da Rede TV! em alguns domingos de 2015. Para Ceará, é complicado trazer novidades para um programa que está por um longo período na TV.
"Nunca mais assisti o 'Pânico', mas é difícil você também se reinventar. É um programa que está na TV há 13 anos, eu fiquei 12 lá, juntando rádio e televisão, eu fiquei 18 anos. Tem um elenco muito grande, toda hora troca o elenco, tem a responsabilidade de dar audiência e vender, tudo isso é muito difícil, poucos programas ficam tanto tempo no ar. Não posso agora falar mal de um projeto que eu vivi e que me revelou para todo o Brasil. Torço pra que eles encontrem o caminho certo, revelem novos talentos. Mas que é difícil se renovar é", opinou.
A prova de que é difícil inovar na TV foi o próprio programa "A Grande Farsa", comandado por Ceará. Nele, o humorista repetiu personagens feitos por ele no "Pânico", entre eles Silvio Santos, Gabi Herpes e Regina Ralé ao receber convidados famosos para participarem de quadros e entrevistas.
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