Diretora de "Making a Murderer" não descarta uma segunda temporada da série
Sucesso do Netflix, “Making a Murderer” pode ganhar uma continuação. Em entrevista à revista Variety, Laura Ricciardi, uma das diretoras da série documental, disse que tem falado com a nova advogada de Steven Avery, Kathleen T. Zellner, com a perspectiva de continuar as filmagens.
“Do nosso ponto de vista, a história não acabou. Os casos de Brendan Dassey e Avery ainda estão pendentes. Nós não sabemos quando o magistrado vai tomar uma decisão no caso de Brendan. O juiz pode ordenar a liberação de Brendan ou pode ordenar um novo julgamento. Na medida em que haja uma evolução significativa no caso, gostaríamos de continuar a documentar o caso”, disse Laura Ricciardi.
Entretanto, a retorno de Laura Ricciardi e Moira Demos, diretoras da série, à cidade de Manitowoc, em Wisconsin, não será nada fácil. De acordo com Stephen M. Glynn , advogado civil de Avery, a população local acredita que o documentário trouxe uma imagem ruim para o município de cerca de 80 mil habitantes.
"Há um monte de hostilidade com estas duas mulheres (Ricciardi e Demos) em Wisconsin. A teoria é que elas têm desempenhado um papel injusto para a cidade. Mas entre aquelas pessoas que pensam e são um pouco mais educadas, não há hostilidade", disse.
Dirigido por Moira Demos e Laura Ricciardi, "Making a Murderer" mostra como Avery, um jovem da cidade de Manitowoc, Wisconsin, é sentenciado à prisão pelo estupro de uma mulher. Dezoito anos depois, um exame de DNA prova sua inocência e ele retoma sua vida no ferro-velho da família na mesma cidade.
Tudo isso é mostrado já no primeiro episódio. O que é narrado nos nove capítulos seguintes poderia ter saído da cabeça dos roteiristas mais inventivos da ficção, mas é tudo verdade. Muito próximo de conseguir uma indenização milionária por sua condenação injusta, Avery se vê novamente investigado por um crime: a morte em circunstâncias suspeitas da fotógrafa Teresa Halbach, cujos ossos carbonizados são encontrados em seu quintal.
Disponibilizada no Netflix pouco antes do Natal, "Making a Murderer" levou 300 mil americanos a assinaram uma petição pedindo a inocência de Avery e Brendan Dassey.
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