Em "Velho Chico", Fagundes diz que "é momento de falar desse Brasilzão"
Um hiato de 14 anos. Esse é o intervalo entre “Velho Chico” e “Esperança”, última novela rural exibida no horário nobre da grade da TV Globo. O autor da trama que estreia no próximo dia 14 é o mesmo, o diretor idem, e o protagonista, adivinha? Antonio Fagundes. "Benedito é meu irmão, mora no meu coração, e eu adoro tudo que ele escreve. Quero fazer todas as novelas que ele puder me mandar. Eu nem pergunto sobre o personagem, e por uma sorte minha, ele manda eu escolher", conta o ator.
Ambientado no sertão nordestino, a novela narra a briga de duas famílias por terras e águas, e tem, como cenário o Rio Sã Francisco. A rivalidade entre as famílias Sá Ribeiro e Rosa começa no final dos anos 60 e se estende até os dias de hoje na fictícia Grotas de São Francisco. "Temos que falar desse Brasilzão nesse momento. Um dos rios mais importantes da região nordestina está sendo assoreado, e é preciso mostrar isso. Mesmo que não seja discutido em profundidade, porque essa não é a função de uma novela, já abre uma discussão, faz um alerta para chamar a atenção das pessoas", acredita o ator.
O ator comemorou a volta da temática rural ao horário das 21h. “O tempo realmente voa e não imaginava que fosse uma sequência tão longa de novelas urbanas. Eu acho ótimo poder sair de um ambiente e passar para outro, mesmo que seja nos dias atuais. Dá um frescor, um respiro calmo e gostoso, uma sensação de novidade porque são cores, formas e ângulos diferentes de discutir temas comuns na vida de qualquer pessoa”, diz o ator.
Ainda sem gravar uma cena de Afrânio Sá Ribeiro -ele está na fase da prova de figurino- Fagundes entra na trama no 25º capítulo. "A novela começa no final dos anos 60 e chega até os dias de hoje, quando eu entro em cena no lugar do Rodrigo Santoro. Logo de quem? Eu disse para ele: ‘Eu sou você amanhã e sinto que o tempo te maltratou bastante'", contou aos risos.
Brincadeiras à parte, ele lamenta não gravar com o galã de Hollywood. Esta não é a primeira vez que os dois fazem o mesmo papel numa mesma obra. Em 2004, Santoro era o militante de esquerda Luis Claudio, do filme “A Dona da História”, aos 18 anos, e Fagundes era a versão de 55 anos. Do alto de seus 50 anos de carreira, o veterano disse que quer aprender com o parceiro. "Eu vou assistir atentamente o que o Rodrigo fez e tentar pegar o máximo. Aproveitar o máximo do talento dele."
Sobre a expectativa em cima de "Velho Chico" de ser um sucesso no horário das 21h, Fagundes foi direito "Não adianta falar antes da estreia. Quando a novela estiver no ar é que vamos ver. Uma coisa é certa: ninguém faz nada para errar e ninguém faz algo para sair mal. Quando a trama não dá certo é porque algo que nós atores, direção e toda a equipe fizemos e não caiu no gosto do público. Pelo que estou já estou vendo nesse iniciozinho de produção, nesse inciozinho de projeto, acho que vai ser difícil não agradar".
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