Mudo, Jabor usa trecho de música para criticar políticos em telejornal
Com uma pitada de ironia, o cineasta, escritor e analista político Arnaldo Jabor usou uma frase da tradicional música "Que País é Este?", do Legião Urbana, para criticar a atual situação da política brasileira durante comentário exibido no "Jornal da Globo", nesta quarta-feira (10).
Absolutamente mudo, Jabor demorou 7 segundos para iniciar a sua crítica através de três placas, com poucas palavras e um questionamento no final. "Que País é esse?", diziam as duas primeiras mensagens. "Que fazer?", questionava em seguida. Ele finaliza a crítica apenas com um gesto e um semblante de preocupação. "Não sei".
As crônicas de Jabor tiveram o tempo de duração entre 1min25 e 1min54 nas últimas semanas, mas, desta vez, demorou apenas 24 segundos. William Waack, âncora do "Jornal da Globo", não conseguiu conter a risada no ar.
"Deixaram até o Jabor sem palavras", reagiu um internauta nas redes sociais. "Arnaldo Jabor não sabe mais o que falar", completou outro.
Na década de 90, Jabor tornou-se colunista de diversos veículos de comunicação do grupo Globo, como o "Jornal da Globo" e o "Jornal Nacional". Em meados dos anos 2000, com a reformulação do "JN", Jabor foi transferido para o "JG", novamente.
Em 2014, Jabor se envolveu em polêmica ao declarar "nostalgia por uma bela cadeira elétrica ou um injeção letal" aos assassinos do Bernardo, menino de 11 anos encontrado morto em Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul.
"Realmente o que se passa em nossa cabeça, pelo menos na minha, é a nostalgia por uma bela cadeira elétrica, por uma forca ou uma injeção letal (como eles deram no garoto), ou até uma balinha na nuca (como se faz na China). A gente começa a pensar absurdamente. Um absurdo leva a outro. Um crime hediondo nos faz desejar um outro crime. Assim, se cria o tecido da violência generalizada", disse ele em comentário levado ao ar pela rádio CBN.
Além de crítico, Jabor também é autor de livros, como "Amor é Prosa", "Sexo É Poesia" e "Pornopolítica", e dirigiu clássicos do cinema brasileiro como "Eu te Amo", "Eu Sei que Vou te Amar" e "Toda Nudez Será Castigada".
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