Série vencedora do Globo de Ouro foi recusada por canais, diz produtor
Vender "True Detective" para a HBO foi fácil, mas emplacar uma série sobre um programador que se transforma num hacker ativista exigiu esforço. Esnobada por vários canais americanos, "Mr. Robot" viria a se tornar a vencedora do Globo de Ouro na categoria drama em 2016, desbancando favoritas como "Game of Thrones" e "Narcos".
"Estava apaixonado pela série e estava convencido de que faria um ótimo negócio com ela", contou o produtor Steve Golin, durante painel no evento RioContentMarket nesta quinta-feira (10). "Ninguém a quis. Eu a levei para a HBO, implorei, disse que seria um hit. Procurei o Showtime, não quiseram. Por ultimo fui à USA Network. Na época, todas as séries que eles faziam não se pareciam com essa. Falei para o criador do programa, Sam Esmail: "Eles não vão botá-la no ar. Mas ele falou: 'Não tenho dinheiro, tenho que pagar meu aluguel'. Então aceitamos. Acontece que eles queriam uma coisa diferente, e foi um grande sucesso", lembrou.
Fundador da Anonymous Content, produtora responsável por filmes como "O Regresso" e "Spotlight", além de séries como "The Knick", Golin conta que até pouco tempo atrás, a televisão era vista como patinho feio por profissionais da indústria. A situação mudou depois de uma recessão econômica no fim dos anos 2000 nos Estados Unidos e com o sucesso de atrações como "Mad Men" e "Breaking Bad". O aquecimento do mercado com a ascensão da Netflix, que bancou "House of Cards", produzida por seu sócio na Anonymous David Fincher, serviu de ânimo para investir em "True Detective".
Elogiadíssima na temporada de estreia, com um inspirado Matthew McConaughey e Woody Harrelson no elenco, a série não foi tão unânime no segundo ano, protagonizado por Colin Farrell, Rachel McAdams e Vince Vaughn. O terceiro ano ainda é um mistério. Depois de a própria HBO assumir a "culpa" pelo resultado abaixo do esperado, por ter apressado as coisas, muito se falou em contratação de mais escritores - o programa de detetives é uma exceção no mercado americano por ter apenas um roteirista, Nic Pizzolatto.
"Nic está vendo o que vai fazer, não sabemos ainda. Muitas pessoas gostaram da segunda temporada, talvez não tenha sido um sucesso como a primeira. Eu gosto", minimizou Golin, que produz este ano o piloto de "Citizen" para o Hulu. "É sobre um herói mexicano que vive como imigrante ilegal nos Estados Unidos e tem poderes sobrenaturais", contou.
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