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"Não me arrependo de algo feito sem pensar", diz José de Abreu sobre briga

O ator José de Abreu, que comentou briga no "Domingão do Faustão" - Reprodução/Carol Caminha/Gshow
O ator José de Abreu, que comentou briga no "Domingão do Faustão" Imagem: Reprodução/Carol Caminha/Gshow

Do UOL, em São Paulo

24/04/2016 21h05

Convidado do quadro "Arquivo Confidencial" do "Domingão do Faustão", o ator José de Abreu disse não estar arrependido do episódio em se envolveu na última sexta (22), quando foi xingado em um restaurante japonês em São Paulo por defender o PT e o governo Dilma e revidou cuspindo no agressor.

Assim como fez ao UOL já na sexta, Abreu afirmou que um casal começou a agredi-lo verbalmente sem qualquer provocação, usando como justificativa também o fato de ele já ter utilizado o mecanismo da Lei Rouanet em peças e filmes em que atuou.

"Não posso me arrepender de um ato feito impensadamente”, disse Abreu. "Foi uma reação de um ser humano. Não pensei em convicção política. Por que não podemos conviver num país pensando diferente?”, indagou-se em seguida.

Segundo Abreu, o homem do casal vociferou dizendo que, por defender o governo, ele nem deveria estar no restaurante. A gota d´água da discussão, no entanto, ocorreu quando a acompanhante do rapaz começou a chamar a mulher do global de “vagabunda”. “Uma mulher que chama outra de vagabunda só porque ela é mulher não merece ser uma."

"Sou conhecido pelo meu trabalho na Globo e depois no cinema e no teatro. Não sou vagabundo", desabafou o ator, que diz ter sido chamado repetidamente de "ladrão" e acusado de pagar uma bolsa com o dinheiro da Lei Rouanet. “Não gosto de utilizar a lei, acho um saco ficar pedindo”, defendeu-se ao vivo, em referência ao geralmente longo processo de captação feito por artistas junto a empresas após terem projetos aprovados.

Antes da entrevista, Faustão fez questão de frisar que a participação de José de Abreu já havia sido agendada antes de o ator se envolver na briga. No fim da conversa, o apresentador aproveitou para pedir o fim da intolerância política no Brasil. “Não importa se você concorda ou não. Você tem que ter o direito de falar. Não concordo com muita coisa que diz o Zé, mas ele não é meu inimigo", afirmou Faustão sob aplausos da plateia.