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Criador do Fofão diz que aprendeu química para criar máscaras de bonecos

Do UOL, em São Paulo

10/05/2016 13h51Atualizada em 11/05/2016 07h08

Criador de Fofão, Patropi e Sócrates, o ator e humorista Orival Pessini teve trabalho para dar vida aos seus personagens. Em entrevista ao “The Noite” nesta terça-feira (10)  ele disse que precisou aprender química para confeccionar as máscaras das suas criações.

“Eu não uso cola, o cabelo é implantando no látex. Eu fui desenvolvendo a minha própria técnica. Quando os norte-americanos fazem as máscaras dos filmes, que por sinal são melhores que as minhas, eles usam apliques colados nos rostos. A minha é uma prótese. A cor da pele, por exemplo, eu faço no próprio látex. Tive que aprender um pouco de química para isso”, conta o ator.

O ator falou também sobre um dos seus personagens mais marcantes: Fofão. Criado a partir de um pedido de Boni, que desejava um personagem infantil para o "Balão Mágico", Pessini se inspirou no E.T de Steven Spielberg para criar o boneco.

“O Fofão não é bonito. Ele é uma mistura de cachorro, urso, porco e palhaço. Não é à toa que me baseei no E.T do Spielberg. Quando assisti o filme na época fiquei com lágrimas nos olhos. Eu não pensei eu não fazer uma coisa bonita, mas sim uma coisa simpática, que demonstrasse “calor humano”, “sentimento”, contou.

Orival Pessini disse ainda que se incomoda com as imitações de Fofão. Parte da infância de uma geração, o boneco foi alvo de uma polêmica recentemente, quando a Carreta Furacão decidiu ir a uma manifestação em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mas o criador proibiu o Fofão genérico de participar do protesto.

“Eu não autorizo, é um direito meu. Eu faço questão de proteger meus personagens. O Fofão, por exemplo, gera empregos. As crianças conhecem pela internet e gostam. Os adultos se emocionam quando o encontram. Quero preservar essa imagem”, disse.