Savalla dá colo, almoça comida de cena e diverte nos bastidores de novela
Se Cunegundes adora aprontar todas com Candinho (Sérgio Guizé) e os filhos, Elizabeth Savalla, sua intérprete, gosta mesmo é de arrancar boas risadas dos colegas de elenco nos bastidores do "Êta Mundo Bom", de Walcyr Carrasco.
O UOL acompanhou a gravação de algumas cenas da novela em que o núcleo da fazenda se muda para o palacete de Anastácia (Eliane Giardini), que começaram a ir ao ar na sexta-feira (13). Nos intervalos das gravações, Savalla dá colo para Miguel Rômulo e brinca ao aparecer com o rosto vermelho devido a uma crise alérgica de Cunegundes.
"Hoje já aconteceu muita coisa, já fiquei alérgica à lagosta, ela já caiu nos meus peitos, depois eu já caí da escada, muitas coisas acontecem, e a gente fez tudo de primeira. O Jorginho [Fernando, diretor] tem essa experiência de fazer isso e num clima alegre, divertido, a gente dá risada. E a gente vai levando porque o dia é puxado, a novela demora um ano, são seis capítulos por semana, é muito texto e é muito tempo. Se não tiver um clima bom, não funciona. É uma equipe que você fica pensando se quando acabar você terá a mesma felicidade numa próxima novela porque a gente realmente se apega. Pra onde você olha tem uma carinha que você gosta", diz.
Entre uma pausa e outra, a atriz aproveita para almoçar o frango xadrez usado em uma cena que ela nem participou, é chamada às pressas pelo diretor e segue ainda de boca cheia para gravar em outro ambiente.
"Hoje a gente não almoçou, porque a gente viu aquele tanto de comida que teria em cena, mas eu me esqueci que eu passava fome e falei: 'ah não, também quero comer'. Por isso fui lá comer", diz ela, ao justificar a cena do jantar, em que Cunegundes foi proibida de comer por causa da reação alérgica que teve no almoço.
Para se desligar dos problemas pessoais e do mundo real, Savalla só entra nos estúdios com seus óculos de grau e o texto e, apesar das maldades de sua personagem em cena, acha tudo muito engraçado.
"Me divirto muito porque a gente se gosta. Toda a maldade que a Cunegundes faz com as pessoas, todo mundo sabe que é mentirinha, então é muito bom fazer de mentirinha. Me divirto muito fazendo as maldades, a gente faz com uma leveza em que as pessoas não percebem. E o Walcyr também não deixa barato, ninguém é carrasco impunemente. Ela sofre muito, ela já caiu duas vezes no chiqueiro, uma vez no lago, já levou um raio na cabeça, já fiquei toda vermelha, e muitas coisas virão.", diz
.
O sucesso de "Êta Mundo Bom" é notado diariamente pela atriz, que ao andar pelas ruas sente a popularidade de Cunegundes.
"O retorno do público é parecido com o que tive com a Márcia, de 'Amor à Vida', onde demos um ibope altíssimo. Achei engraçado quando soube o nome da personagem. Pensei, 'dá pra fazer muitas coisas com esse nome', dá pra brincar. A novela tem isso. O Jorginho fez um trabalho de botar no trilho, o cenário é lindo. Há um cuidado muito especial", diz.
Você não precisa ter uma bolsa, que custa o preço de um carro
"Ser humano tem quer ser íntegro e honesto"
Enquanto Cunegundes quer ganhar dinheiro, ganhar casaco de pele e ver as filhas casadas com homens ricos, Elizabeth Savalla mostra ser uma pessoa simples, não é ligada a marcas e conta que só consome o que é essencial.
"Acho tudo uma grande bobagem. Quando o papai faleceu, há três anos, aprendi algumas coisas muito importantes na minha família de origem. A primeira coisa, é que o ser humano tem que ser íntegro e honesto. A coisa mais importante que ele tem é seu nome, sua palavra. Eu continuo achando isso, de ter educação. O papai achava tudo uma grande bobagem, ele achava que a gente tinha que ter uma casa, como todo bom filho de imigrante. Então a coisa mais importante era ter as suas contas pagas, uma boa despensa cheia, um teto para morar e seu nome limpo", diz.
Muitos famosos gostam de ostentar vestidos de grifes caríssimos, bolsas e carrões, a atriz conta que considera importante ter os objetos apenas para cumprir suas funções básicas e que dificilmente ela desfilará com acessórios valiosos.
"Jamais pagaria, como tem muita gente que paga, R$35 mil, R$ 40 mil numa bolsa. Acho que a função da bolsa é carregar a sua carteira, o sapato é pra proteger seu pé, simplesmente para ele não se machucar, um carro a função é te levar de um lado para outro, confortavelmente, mas não precisa você ter um carro que custa o preço de um apartamento. E você não precisa ter uma bolsa, que custa o preço de um carro. Acho que a gente vive num país com muitas dificuldades. Acho que quem tem a mais tem tanto orfanato para ajudar, tanta criança.", conclui.
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