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Autor de ofensas racistas a Ludmilla confessa e será indiciado por injúria

Ludmilla prestou queixa após sofrer ataques racistas em rede social - Francisco Silva / Ag.News
Ludmilla prestou queixa após sofrer ataques racistas em rede social Imagem: Francisco Silva / Ag.News

Do UOL, em São Paulo*

24/05/2016 16h04

A Polícia Civil do Rio de Janeiro já identificou e ouviu o autor de ataques racistas feitos à cantora Ludmilla. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, o homem foi ouvido nesta terça-feira (24) na sede da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática e confessou o crime. 

O delegado responsável pelo caso, Alessandro Thiers, vai indiciar o autor pelo crime de injúria preconceituosa com a causa aumentada, em razão do crime ter sido cometido na internet, e encaminhar o inquérito policial à Justiça. O criminoso tem 31 anos, mora no Rio e já respondeu a uma acusação por tentativa de homicídio. 

Ludmilla esteve na delegacia na última segunda para prestar queixa contra um internauta que a atacou no Instagram com comentários racistas. A cantora publicou cópias das agressões verbais na rede social e desabafou pedindo ajuda.

"Alguma autoridade pode me ajudar a identificar esse homem? Não é a primeira vez que ele faz isso, já até bloqueei ele, mas ele continua falando essas coisas em outros instas por aí. Que ódio, só quero a justiça mais nada. Nessa eu vou até o fim", escreveu.

Ludmilla publica uma cópia dos comentários racistas no Instagram e pede ajuda: "Só quero a Justiça" - Reprodução/Instagram/Ludmilla - Reprodução/Instagram/Ludmilla
Ludmilla publica uma cópia dos comentários racistas no Instagram e pede ajuda: "Só quero a Justiça"
Imagem: Reprodução/Instagram/Ludmilla

Outras pessoas também criticaram a conduta do rapaz, que apagou seu próprio perfil no Instagram. Antes, ele pediu desculpas e classificou o caso como um "mal entendido".

 

Outros casos

A cantora não é a única famosa a sofrer com esses ataques nas redes sociais. Recentemente, Taís Araújo, Sheron Menezzes, Maria Julia Coutinho e Cris Vianna também sofreram com mensagens criminosas e prestaram queixa na delegacia.

 

Em março, a Polícia Civil prendeu três homens que faziam parte de uma quadrilha que praticava crimes de ódio na internet e foram responsáveis pelos ataques direcionados à Taís Araújo. Eles foram soltos três dias depois após pedido do delegado Alessandro Thiers, para converter a prisão temporária dos réus em prisão preventiva.

 

Pela legislação, a prisão preventiva é cabível quando for imprescindível para as investigações do inquérito policial ou quando o indiciado não tiver residência fixa. Já a prisão temporária tem um prazo de duração de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco
 
*Com informações da agência Estado