Artistas refletem sobre segurança e exposição após atentado contra Hickmann

Ana Hickmann foi o assunto da semana após sofrer uma tentativa de homicídio no último sábado (21), em Belo Horizonte, que acabou com sua assessora baleada e um fã, obcecado pela apresentadora, morto. Dois dias depois, foi a vez de Anitta passar por um susto. Um fã invadiu o condomínio onde ela mora e tentou entrar em sua casa. Os casos assustaram os artistas que estão reavaliando o nível que se expõem nas redes sociais e até a segurança quando saem de casa.

Amiga de Ana e parceira de programa, Ticiane Pinheiro teria tido uma crise nervosa ao saber do ocorrido e decidiu parar por um tempo de fazer eventos fora do estado de São Paulo, além de estar exigindo um esquema de segurança mais reforçado quando fizer alguma presença vip, segundo Ricardo Feltrin.

Com quase 8 milhões de seguidores no Instagram, Sabrina Sato posta praticamente toda a sua rotina na rede social, mas acredita que a situação foi um caso pontual.

“A gente não pode se isolar, não dá para gente entrar em pânico, mas não tem o que fazer. Nunca passei por nada parecido, é uma coisa que a gente não espera”, opinou. “Eu tiro foto com todo mundo, recebo no camarim, meus fãs são muito queridos. No caso da Ana, não era fã, era um cara que tinha algum problema. Mas sempre ando com uma equipe grande, sempre tem segurança nos eventos, tenho motorista, não saio com menos de sete pessoas.”

Com 30 anos de carreira e milhares de fãs brasileiros, Claudia Raia não vê sentido em fugir.

“O perigo está em toda parte, é difícil você explicar uma coisa lamentável dessas. Não tem como você ficar fugindo. Do que e de quem, entende? Isso é uma coisa tão americana, lá tem um psicopata a cada esquina, mas aqui é raro acontecer. Já tive fãs mais exacerbados, nunca parecido com isso, mas o amor, o ódio, a rejeição são coisas muito 'muito', sabe?”

Colega de emissora de Ana, Chris Flores se mostra mais abalada e conta que já quase atropelou um fã mais ousado. "Teve uma vez que uma pessoa se atirou na frente do meu carro, no desespero para entregar uma carta pedindo ajuda. Eu chorei muito porque poderia ter matado essa pessoa". Mesmo assustada, a apresentadora acha inevitável a exposição na internet. "Tento controlar as redes sociais, mas muito do nosso trabalho acaba expondo onde estamos", explica.

A apresentadora Astrid Fontenelle acredita que nem a própria Ana Hickmann tem muita saída. “É tão difícil, foi um caso tão pontual que acho que a gente não pode mudar nada, nem ela vai poder mudar a vida dela com relação a dizer onde vai. Me privo na minha vida pessoal, não interessa se estou em shopping, o endereço que estou almoçando, mas por outro lado também não me vejo deste tamanho, uma popstar. Temos que pensar que foi a exceção da exceção, não dá para paralisar."

Atualmente no GNT, Astrid, que já teve passagem pela Band e MTV, acha que todo mundo "tem seus fãzinhos mais malucos". "Nunca tive um fã agressivo, mas tive umas meninas que iam toda sexta-feira me ver na Band, eu enchia mais o saco delas do que elas de mim, mandava elas irem para a escola,” conta.

Entenda o Caso

A apresentadora sofreu uma tentativa de homicídio na tarde de sábado em um hotel de luxo na capital mineira. O suspeito abordou primeiro Gustavo Corrêa, cunhado de Ana Hickmann, no corredor do hotel e o levou até o quarto. Em seguida, o suposto fã fez a apresentadora, o cunhado e sua mulher, a assessora de Ana, Giovana Oliveira, de reféns e obrigou os três a se sentarem de costas para ele.

O cunhado de Hickmann partiu para cima do criminoso e conseguiu desarmá-lo. Rodrigo chegou e a efetuar dois disparos em direção às vítimas, acertando Giovana. Segundo o boletim de ocorrência, "as vítimas saíram correndo do apartamento, e Gustavo entrou em luta corporal, conseguindo desarmar o agressor".