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Estreante na Record, português diz que atuar no Brasil é "ascensão"

Ator português Pedro Carvalho nos bastidores de "Escrava Mãe", da Record - Reprodução/Facebook
Ator português Pedro Carvalho nos bastidores de "Escrava Mãe", da Record Imagem: Reprodução/Facebook

Amanda Serra

Do UOL, em São Paulo

01/06/2016 07h00

O português Pedro Carvalho desembarcou no Brasil há um ano para viver Miguel, o protagonista de “Escrava Mãe”, nova novela da Record, que estreou nesta terça-feira (31). Aos 29 anos, Pedro afirma que o sonho de qualquer ator português é poder fazer novelas no país latino e que isso significa uma “ascensão na carreira”.

“O Brasil é o país das novelas, por isso não hesitei na hora de escolher esse projeto. Traz muito prestígio. Existe muito essa irmandade Brasil e Portugal. Já tinha pensado em vir para cá, mas não pensava que seria convidado para participar de uma novela tão clássica como um remake da ‘Escrava Isaura’”, diz o galã, amigo dos atores Ricardo Pereira e Paulo Rocha.

Com dez telenovelas no currículo, com destaque para “Beijo do Escorpião”, da TVI, Pedro é o protagonista da trama de Gustavo Reiz, que inaugura uma nova faixa de horário de novelas na emissora, às 19h30. Inicialmente prevista para estrear em outubro de 2015, a trama chegou a ser adiada várias vezes.

Fã do autor global Walcyr Carrasco, o português faz planos de trabalhar com o escritor. “Sou muito fã dele. O conheci em Lisboa e jantamos juntos. Gosto muito do trabalho dele”.

Para trama, o ator, que formará par romântico com Gabriela Moreyra (Juliana), precisou fazer aulas de prosódia, já que tem o sotaque da “terrinha”, além de aulas de equitação e história. “Apesar de o personagem ser um português, precisei fazer aulas de fonoaudiologia, porque temos uma forma de falar diferente dos brasileiros, vocês usam muitas vogais [risos]. Estou me adaptando à nova forma de falar. Você está me entendo?”, perguntou ele para reportagem. 

A mãe da Escrava Isaura

"Escrava Mãe" é um spin-off, pode-se se dizer, de outro grande sucesso da teledramaturgia brasileira. A trama conta a história de Juliana, mãe da escrava Isaura – que deu origem ao nome da novela homônima da obra de Bernardo Guimarães estrelada por Lucélia Santos, em 1976, e vendida para vários países. A Record fez o remake da novela em 2004.

Juliana é filha de Luena (interpretada pela ex-Globeleza Nayara Justino), e fruto de um estupro. Durante viagem no navio negreiro que trouxe africanos da região de Angola para o Brasil, Luena foi estuprada pelo traficante de escravos Osório (Jayme Periard). Ao chegar ao país, ela consegue escapar, morre, e Juliana acaba virando escrava da família de Custódio (Antonio Petrin). A menina foi criada com as filhas do coronel e virou mucama de Teresa (Roberta Gualda) e perseguida de Maria Isabel (Thais Fersoza), que por ter ciúme e inveja dela, sempre a odiou.

Juliana se apaixona por Miguel. Ele chega à Vila de São Salvador (cidade fictícia) em busca de novas oportunidades e desperta a atenção das mulheres da cidade, como Maria Isabel. Eles se casam por interesses, mas ele se apaixona por Juliana. E Maria Isabel desenvolve uma obsessão pelo marido e pela escrava.

Ambientada na região norte fluminense (atual Campos dos Goytacazes) nos anos de 1800, a trama contará com aproximadamente 35 personagens fixos e prevista para ir ao ar com 150 capítulos. Escrita por Gustavo Reiz e com direção geral de Ivan Zettel, as gravações aconteceramm no Polo Cinematográfico de Paulínia e em uma fazenda em Santa Gertrudes, ambos no interior de São Paulo, e encerraram em novembro do ano passado.