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Christina Rocha chama mulher de homofóbica e a manda calar a boca

No "Casos de Família", Christina Rocha se irrita com mulher homofóbica - Reprodução/SBT
No "Casos de Família", Christina Rocha se irrita com mulher homofóbica Imagem: Reprodução/SBT

Do UOL, em São Paulo

16/06/2016 10h04

Christina Rocha se irritou durante a edição do "Casos de Família" exibida nesta quarta-feira (15). A apresentadora chamou a convidada de "homofóbica" e "ignorante" e a mandou calar a boca.

O programa do SBT debatia o tema "Homossexualidade não é uma doença contagiosa: se liga burro". Uma das participantes disse que não aceitava a orientação sexual do irmão por temer que os seus filhos também se tornassem gays.

"Eu não iria deixaria uma pessoa ignorante como você entrar na minha casa. A gente precisa ter fraternidade no coração: respeitar a escolha dos outros e aceitá-las como elas são", disse a apresentadora.

A mulher, então, sugeriu que Christina levasse o irmão dela para a casa da apresentadora. "Você quer levar para morar com você, então, Christina? Leva pra você, leva pra você", rebateu. "Olha, você me respeita, porque eu não sou a sua amiga para falar assim comigo, você está aqui para ser entrevistada. Você sabe se eu tenho alguém [homossexual] na minha família? Então, pronto, fique calada e me respeite", devolveu.

Irritada com a situação, Christina levantou ainda a hipótese do caso ser armação. "Ah, vocês [participantes] estão de sacanagem comigo?! Até eu estou pensando que é armação. Isso daqui é uma palhaçada. Por isso que as pessoas pensam que é armação, e eu fico pé da vida", afirmou.

O episódio repercutiu nas redes sociais e levou o nome da atração a um dos assuntos mais comentados no Twitter.

Armação?

O "Casos de Família" é um programa popularesco exibido pelo SBT no período vespertino, e, volta e meia, enfrenta denúncias de armação, por meio da contratação de figurantes.

Segundo o colunista do UOL Flávio Ricco noticiou em 2012, o programa oferece R$ 80,00 de cachê para os seus participantes simularem determinadas situações. Por exemplo, gays se passando por héteros e daí por diante. De acordo com essas pessoas, existe todo um esquema montado.

Terceiros, que não têm ligação direta com a produção ou com a própria emissora, são encarregados de correr atrás dos interessados. Chegam inclusive a colocar anúncios em postes e pontos de ônibus na periferia de São Paulo ou em cidades da Região Metropolitana.

É oferecido aos que se habilitam, ainda segundo relatos, dinheiro vivo logo depois da participação no programa --ou até mesmo próteses dentárias. Informa-se que existem registros de uma mesma pessoa ter aparecido três ou quatro vezes, isto após assinar um documento, frente e verso, comprometendo-se a não revelar o "joguinho de cena".

Ouvido, na ocasião, o SBT confirmou o pagamento de R$ 80,00 aos participantes e R$ 30,00 aos tais agentes, para trazer os casos ao programa. E também o tratamento dos dentes, se for necessário. Assegura, por fim, que tudo é convenientemente checado antes da exibição.