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Em final ao vivo, público ganha poder e decide campeões do "Power Couple"

Para Justus, "Power Couple" inovou ao mesclar decisões dos casais e do público - Edu Moraes/Record
Para Justus, "Power Couple" inovou ao mesclar decisões dos casais e do público Imagem: Edu Moraes/Record

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

21/06/2016 07h00

Ritmo das provas, atrito entre os casais e reviravoltas no jogo. Para Roberto Justus, o “Power Couple”, que chega ao fim nesta terça (21) na Record, deu certo porque tinha esses elementos, mas nada disso teria fisgado o telespectador se o programa tivesse escolhido mal seu elenco. Com participantes que não fugiram de polêmicas, a primeira temporada do reality de casais foi movimentada e já teve sua próxima edição confirmada pelo apresentador para 2017.

Diferentemente da maioria de realities de confinamento em uma casa, como “A Fazenda”, “BBB” e a extinta “Casa dos Artistas”, o “Power Couple” foi ao ar gravado com antecedência – apenas a final será ao vivo –, o que acabou tirando a responsabilidade do público de eliminar os participantes. Coube aos casais o dever de votar em quem da berlinda eles gostariam de ver fora do programa.

“Na ‘Fazenda’ e no ‘BBB’, o público interage o tempo todo. No ‘Aprendiz’, unicamente o apresentador é quem decidia. Desta vez, nós temos um mix – dos participantes que podem eliminar um ao outro e agora, no final, os dois que conseguiram passar por todas as barreiras vão estar expostos à decisão do público. É mais um diferencial desse programa”, afirma Justus, à frente do terceiro formato do gênero da carreira. "Os outros casais não decidem quem vai sentar ali para ser eliminado, somente depois [na votação] é que eles decidem. A performance é que leva eles para a berlinda", diz.

Até agora definido pelos participantes, que formaram e desfizeram alianças conforme as estratégias de jogo, o programa abre espaço para o público decidir o principal: quem merece ser o casal Power Couple. Justus não vê a final do reality como incoerente com o que foi o programa até aqui.

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“Não acho [incoerente]. O público ficou esse tempo todo assistindo a tudo o que está acontecendo e agora vai fazer uma análise de quem merece levar o dinheiro acumulado durante o programa. Até porque, com dois casais [na final], quem vai escolher o vencedor? Eu, o apresentador? Acho muito mais justo o público decidir”, diz ele, que tinha o poder de definir o eliminado do programa em "O Aprendiz". 

O apresentador reconhece que o fato de o reality ter sido gravado não tinha o frescor do ao vivo, mas nem por isso se tornou menos interessante. Ele explica: “Isso contribuiu enormemente para a qualidade dos nossos participantes. É muito difícil uma celebridade deixar por três meses a sua vida [para entrar em um confinamento]. É muito mais complexo. Nesse programa, tivemos essa grata surpresa de ter casais ótimos, que renderam muito bem no programa, pelo fato de tirá-los por 32 dias de suas vidas. Ele também tinha seus parceiros, o que também facilitou bastante”.

Jogadoras de corpo e alma

Roberto Justus diz que não tem torcida para a final e fala da satisfação de ter Laura Keller com Jorge e Simony com Patrick como os finalistas. Para ele, o primeiro “Power Couple” não poderia terminar com outro casal vencedor.

$escape.getH()uolbr_geraModulos('embed-foto','/2016/laura-keller-e-jorge-o-casal-kamikaze-estao-na-final-do-power-couple-1466455574077.vm') “Se fosse o Gian e a Tati [na final] eu não acho que mereceriam porque o desempenho deles nas provas foi pífio”, afirmou o apresentador sobre o casal terceiro finalista da competição, que não aguentou o teste de resistência mostrando no último episódio.

“As duas [Simony e Laura Keller] entraram de corpo e alma, acreditando que [a participação no reality] seria importante para elas na televisão. Sinto verdade nas duas. A Laura foi muito inteligente em não se deixar abalar pelas agressões que sofreu da casa inteira – fruto até dos erros do marido que foi um pouco mais agressivo do que precisava. A Simony soube jogar, se aliando ao casal que mais havia se destacado. Acho que ela foi genial. Um jogo exige estratégia. Às vezes, você tem que recuar para dar dois passos para frente”, avaliou.