Atriz se choca com reação de fãs à reviravolta de "OITNB": "Estão bravos"
ALERTA: O texto a seguir contém spoilers da quarta temporada de "Orange Is the New Black". Não leia se não quiser saber o que acontece
A quarta temporada de “Orange Is The New Black” estreou na Netflix no último dia 17 e trouxe, em sua reta final, uma grande reviravolta envolvendo Poussey (Samira Wiley), uma das personagens mais queridas do público. A detenta morreu no episódio 12, sufocada acidentalmente pelo guarda Bailey (Alan Aisenberg), que brigava com Suzanne, a Crazy Eyes (Uzo Aduba).
A reação dos fãs tem sido intensa, de acordo com Samira Wiley, que deu uma entrevista para a revista “Variety”. “As pessoas estão bravas. As pessoas ou estão muito, muito, muito chateadas, bravas e irritadas e ameaçando fazer algo violento, ou estão profundamente trsites e arrasadas. Eu sabia que as pessoas iam ter uma reação emotiva muito grande. É uma cena arrasadora, então eu esperava a tristeza. Mas o jeito que esses fãs estão tão bravos, e as coisas que eles dizem, é meio chocante”.
A atriz ressaltou que as pessoas estão zangadas com a série, mas deveriam ficar acontecimentos similares da vida real. “É uma morte absurda, mas não foi uma decisão descuidada por parte da série. Ela ecoa muitas mortes que acontecerem no ano passado como Eric Garner, Mike Brown [ambos mortos por policiais]. Isso acontece na vida real. Sinto que a raiva de muitas pessoas é direcionada à série. Eu quero que as pessoas fiquem chateadas, mas quero que elas fiquem chateadas pelo fato de isso acontecer na vida real”.
“O que fazemos como artistas é nossa responsabilidade: a arte reflete a vida, a vida reflete a arte”, completou. “É uma coisa cíclica.Sinto que estamos assumindo nossa responsabilidade fazendo algo corajoso como isso. Tenho orgulho de poder ser a personagem com a qual eles decidiram fazer isso”.
Sobre a decisão de fazer Poussey ser morta justamente por Bayley, o guarda mais “bonzinho” da história, Samira ressaltou que ela faz parte da complexidade da série. “Se tem uma coisa que Jenji [Kohan, criadora] e os roteiristas fazem bem, e fizeram particularmente bem dessa vez, é mostrar o quão complicado tudo é, é mostrar que às vezes pessoas más fazem coisas boas e pessoas boas fazem coisas más. Não é necessariamente preto e branco”.
A atriz ainda revelou que não viu a nova temporada: “Não é que eu ainda não consegui assistir. É que ainda não estou pronta para assistir”.
Por que Poussey?
Com uma origem mais privilegiada do que a maioria das colegas da prisão, Poussey vivia um bom momento na série. E foi justamente esse um dos motivos para os roteiristas a escolherem para morrer. “Eles achavam que não poderiam contar essa história com uma personagem que não tivesse um senso de moral tão forte e um futuro tão brilhante na frente dela”, explicou Samira ao site E!. “Você podia imaginar a vida da Poussey do lado de fora da prisão, você podia imaginar ela sendo bem-sucedida, e não teria o mesmo impacto se fosse uma personagem que não tivesse um futuro tão brilhante quanto o da Poussey. Eles queriam que doesse. E doeu”.
A atriz ainda se recordou como foi seu último dia gravando as cenas da prisão fictícia de Litchfield. “Eu lembro de levar algumas coisas, eles deixaram eu levar algumas coisas do set, como o meu figurino. Meu Deus, eu vou chorar agora pensando nisso. Foi um dia muito emocionante”.
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