Morre no Rio o ator Guilherme Karan
O ator Guilherme Karan, 58, conhecido por papéis marcantes em novelas como "Meu Bem, Meu Mal" e filmes como "Super Xuxa contra o Baixo Astral", morreu na manhã desta quinta-feira (7), no Rio. Ele sofria da doença de Machado-Joseph, uma síndrome degenerativa que compromete a coordenação motora, e estava internado no Hospital Naval Marcílio Dias. A informação foi confirmada ao UOL por uma pessoa próxima à família.
Karan estava afastado da TV desde 2005, quando participou da novela "América". Segundo seu pai, o almirante Alfredo Karan, a doença foi herdada da mãe, que morreu devido a essa mesma anomalia genética. Além do ator, outros três irmãos também tiveram a doença.
O ator se destacou na televisão com papéis cômicos e foi um dos integrantes do programa "TV Pirata", humorístico que fez história na Rede Globo ao satirizar a própria TV. No programa, interpretou personagens como o apresentador da TV Macho, Zeca Bordoada, e o capanga Agronopoulos.
Atuou em novelas como "Tudo ou Nada" e "Dona Beija", na extinta Manchete, e "Meu Bem, Meu Mal", "Perigosas Peruas", "Explode Coração" e "O Clone", na Globo. No cinema, fez filmes como "Super Xuxa contra Baixo Astral", "Xuxa e os Duendes" e "Bela Donna".
Em 2015, a atriz Iris Bruzzi contou ao programa "Domingo Show", da Record, que o estado de saúde de Karan era delicado e que ele sofria de depressão. "Eu fui visitá-lo três vezes e fico muito triste em ver o Guilherme doente assim. Ele é a pessoa que mais gosto no mundo. É o meu maior amigo mesmo", disse.
Também em entrevista ao programa, Vera Zimmerman, a divina Magda da novela "Meu Bem, Meu Mal", contou que ele prefere não receber visitas. "Eu tenho recordações tão lindas do Guilherme nessa época, essa veia cômica. O que mais marcou foi a generosidade dele. Ninguém merece passar por isso. A minha vontade é de dar um abraço no Guilherme. Mas se [não receber visitas] é a vontade dele."
A doença de Machado-Joseph é uma forma de ataxia (disfunção neurológica que prejudica o controle motor) hereditária. O defeito genético leva à degeneração de regiões do sistema nervoso, como o cerebelo, a medula espinhal, o tronco encefálico e os nervos periféricos. O mal é raro e atinge até duas pessoas a cada 100 mil habitantes. Entre as 36 ataxias dominantes já conhecidas, no entanto, a Machado-Joseph é a mais comum.
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