"Aqui não tem essa de puxar peruca", diz nova Miss Gay São Paulo
Paetês, carão, brilho e looks glamourosos marcaram a 27ª edição do Miss São Paulo Gay que elegeu transformista mais bonita do Estado na noite dessa terça-feira (12) no bairro da Liberdade em São Paulo.
Após duas horas e meia entre apresentações em trajes de gala, brincadeiras de pergunta e resposta e shows de dublagens, Sheron Correa, representante de Barretos, levou a coroa de Miss São Paulo Gay 2016.
"É uma emoção muito grande, um sonho realizado e vamos para o Miss Brasil", disse ela, que de longe era a preferida da plateia desde o início.
Sheron, que se veste como homem durante o dia, trabalha como gerente de moda e estuda moda, contou que o preparo foi longo para a grande noite.
"Teve todo um trabalho que começou há seis meses porque tem a escolha do vestido, do ateliê que vai fazer, são muitas coisas, mas isso tudo foi um grande jogo e eu sou apenas uma peça com vários jogadores que me ajudam, me apoiam. Tenho que agradecer minha família, meus amigos e meu marido".
Com a faixa e a coroa Sheron vai direto para o concurso Miss Brasil Gay Universo 2016, que acontece em setembro com 25 representantes de todo o Brasil.
A segunda posição do concurso ficou para a representante de Guarulhos, Deborah Le’Roah, que vai representar São Paulo em um concurso no Nordeste. O terceiro lugar para a Miss Lorena Nayara Campos.
Bastidores
Faltando uma hora para o início do concurso, todas mostravam ansiedade e vontade de vencer e, apesar de uma só ter a chance de levar o primeiro lugar, rivalidade e briga não é comum entre elas. A representante de Diadema Barbara Schiffer dividiu o camarim com Sheron Correa e falou sobre a relação com as colegas.
“Não existe rivalidade nem no palco, aqui não existe isso”, contou Barbara. “Cada uma está tentando conquistar um sonho então a gente se ajuda, aqui não tem essa de puxar peruca, coroa”, completou Sheron.
Antes de entregar a faixa e a coroa a nova Miss, a Miss Gay São Paulo 2015 Valentina Isler falou sobre a importância do concurso para o movimento LGBT e os casos de homofobia apresentados diariamente.
“Isso aqui representa uma luta, estamos aqui para mostrar que nós existimos, estamos vivos, é uma noite de glamour, mas também é uma noite de militância, estamos aqui e vamos lutar até ganhar nossos direitos”.
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