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"Senti medo", conta atriz sobre morte de Gironda em "Liberdade, Liberdade"

Gironda (Hanna Romanazzi) é assassinada por Tolentino (Ricardo Pereira) no meio do mato. "Fiquei apavorada", assume a atriz - Divulgação/Tv Globo/Felipe Monteiro
Gironda (Hanna Romanazzi) é assassinada por Tolentino (Ricardo Pereira) no meio do mato. "Fiquei apavorada", assume a atriz Imagem: Divulgação/Tv Globo/Felipe Monteiro

Ana Cora Lima

Do UOL, no Rio

19/07/2016 07h30

A cena da morte de Gironda foi tensa e carregada de emoção. Exibida no capítulo desta segunda-feira (18), de “Liberdade, Liberdade” e gravada há duas semanas no meio da mata da cidade cenográfica no Projac, ela fez Hanna Romanazzi esquecer ansiedade e sentir na pele o desespero de sua personagem. “Eu senti medo e saí em frangalhos. Gravamos de madrugada, estava frio demais e tinha toda aquela atmosfera sombria, pesada e de violência. Fiquei apavorada mesmo. Chorei muito”, revela a atriz.

Hanna também contou que ficou um pouco dolorida no fim das gravações por causa dos empurrões que a personagem levou de Tolentino antes de ser esfaqueada, mas fez questão de elogiar o ator Ricardo Pereira. “Ele é ótimo e foi um parceiro e tanto. Tivemos cenas pesadas ao longo da novela, e ele sempre, no final, vinha me pedir desculpas. Nessa última, ele me jogou várias vezes ao chão com força e quando acabou ele veio direto me abraçar.”

Ela fez muitas coisas erradas e não tinha um caráter bom, mas não precisava morrer, né?

"Ela fez muitas coisas erradas e não tinha um caráter bom, mas não precisava morrer, né ?", assume Hanna  - Divulgação/TVGlobo/Felipe Monteiro - Divulgação/TVGlobo/Felipe Monteiro
Gironda morre esfaqueada por Tolentino
Imagem: Divulgação/TVGlobo/Felipe Monteiro
Gironda foi condenada à morte depois de ter acusado André (Caio Blat) de crime de sodomia. Na época em que se passa a trama, a relação entre pessoas do mesmo sexo era proibida, e os condenados eram enviados à fogueira ou à forca. “Não acho que foi merecida a morte dela. Ela fez muitas coisas erradas e não tinha um caráter bom, mas não precisava morrer, né? Ah! Estou defendendo meu personagem sim”, brinca para em seguida entregar o desfecho que achava ideal. “Ela teria que ter aprender com os erros e se tornar uma pessoa melhor. Um tipo de redenção”.

E toda essa defesa tem uma explicação: Gironda é o primeiro papel “adulto” na carreira da atriz de 20 anos, que fez cenas de nudez e sexo na trama de Mário Teixeira. “Encarei tudo com naturalidade e como algo muito bom para a minha carreira, por ser o primeiro papel não teen e também por poder mostrar outro lado meu de atriz para o público. Gironda era muito sensual, sexy e adulta, apesar da pouca idade. Achei ótimo”.

A torcida agora de Hanna é que André termine com Tolentino, apesar de achar que o coronel não é uma pessoa do bem. “Ele não vale nada, mas acho que gosta mesmo do irmão da Joaquina (Andreia Horta). Torço agora pelo amor dos dois, um casal muito legal”, comenta a atriz que acabou de destrancar a matrícula da Faculdade de Direito. “Estou no quarto período e tranquei o último semestre por causa do ritmo das gravações de 'Liberdade, Liberdade'. Vou voltar agora em agosto às aulas". Sobre os planos para voltar à televisão, Hanna contou que "ainda é cedo para falar dos novos projetos”.