Após término, elenco se despede de "Liberdade": "Vai deixar saudades"
"Liberdade, Liberdade", novela das onze da Globo, chegou ao fim na noite desta quinta-feira (4) e, entre o elenco, a sensação é de dever cumprido. Atores rasgaram-se em elogios à trama que retratou parte da história do Brasil.
"Essa novela vai deixar muita saudade. E já sinto saudades. Foi muito legal fazer", disse Bruno Ferrari, que interpretou o soldado Xavier, durante entrevista ao programa "Vídeo Show" desta sexta.
"Eu estou sem palavras para sintetizar tudo o que sentimos nesses últimos dias", admitiu Lília Cabral. "E o último dia é sempre em clima de despedida. E quando o trabalho dá certo se torna mais difícil ainda. Fala-se 'já foi', mas não, não foi, pelo contrário, vai ficar", completou.
"A última cena é difícil porque cai a ficha de que tudo terminou e que você não vai mais estar com os seus parceiros nos próximos meses, começa um certa nostalgia. Mas faz parte e vamos entregar esse personagem para a história", avaliou Ricardo Pereira, intérprete do capitão e homossexual Tolentino.
Segundo análise feita pelo crítico de TV Nilson Xavier, do UOL, "Liberdade, Liberdade" brindou o público com produção e direção de arte esmeradas que retrataram sem maquiagens Vila Rica (atual Ouro Preto, Minas Gerais) entre o final do século 18 e início do 19.
A fotografia escura tonificou a aparência encardida de cenários, figurinos e atores, impregnando um realismo poucas vezes visto em produções de época na TV brasileira (compare com "Escrava Mãe", da Record, que abrange o mesmo período).
As maiores qualidades estão na produção e direção (elogios à equipe técnica de Vinícius Coimbra), e no elenco. Uma galeria de personagens cativantes na pele de atores em sintonia com a narrativa, com destaque para Mateus Solano (como o vilão Rubião), Marco Ricca (o bandoleiro Mão de Luva, um de seus melhores momentos na televisão), Maitê Proença (a amarga Dionísia), Lília Cabral (a sofrida Virgínia), Zezé Polessa (a comedida Ascenção), Nathalia Dill (a mimada Branca), Juliana Carneiro da Cunha (como Alexandra, precisamos vê-la mais na televisão), Caio Blat (na medida certa como o sensível André, fugindo da caricatura do “gay de época”) e Ricardo Pereira (como o Capitão Tolentino).
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