Topo

Acervo pessoal de Elke Maravilha deve ganhar exposição em breve

Ana Paula Bazolli

Do UOL, no Rio

17/08/2016 16h59

Elke Maravilha era uma artista única, assim como seu guarda-roupa, maravilhoso. Além da alegria contagiante da artista -- que morreu nesta terça-feira (16) no Rio -- a riqueza de detalhes de suas perucas, maquiagem, vestidos e bijuterias fazia dela o centro das atenções onde quer que chegasse.

A artista demorava cerca de uma hora e meia para se montar, não acumulava joias e fazia suas próprias bijus em casa. Criativa, ela desmontava e criava várias em cima da mesma peça. Com sua morte, o acervo está guardado no apartamento alugado no Leme, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, onde morava com seu irmão Frederico Grunnupp. "Foi pedido um lugar para expormos as coisas dela. Mas nao tem nada definitivo ainda. Minha irmã tinha muitas coisas e muitos adereços bacanas. Vale a pena mostrar", conta Frederico.

Segundo o Secretário Municipal de Cultura, Junior Perim, que compareceu ao velório nesta quarta-feira, Elke tem que ser homenageada pelo seu amor ao Rio de Janeiro. Em uma conversa informal com familiares, ele ficou de marcar uma conversa sobre uma possível exposição. "Temos que reconhecer a importância que ela tem para a cidade. A prefeitura já estava pensando em como eternizar o nome da Elke. Ela tem um acervo riquíssimo e vamos mandar alguém lá em breve para olhar as peças e avaliar o que de bacana podemos mostrar aos admiradores de Elke."

Desprendida de bens materias, ela sempre ajudou amigos e companheiros de trabalho. Segundo Erick Brandão, amigo da família há 10 anos, a artista não enxergava dinheiro como prioridade. "Ela nunca foi apegada a dinheiro. Não acumula bens, imóveis. Queria ter para ter uma vida digna. A vontade de Elke era dar tudo para seus amigos. Mas eles não querem. Acham que isso deve ser exposto para seus fãs", contou Erick, sobre os objetos de Elke Maravilha.