Corpo de Elke Maravilha é sepultado; velório teve áudio da atriz brincando
O corpo da atriz, modelo e apresentadora Elke Maravilha -- que morreu na madrugada desta terça-feira (16) no Rio -- foi sepultado no fim da tarde desta quarta, às 16h55, no cemitério São João Batista, na zona sul da cidade. O sepultamento, na presença de familiares, amigos e fãs, foi acompanhado de aplausos e de gritos de 'Elke, Elke'. Durante todo o dia, o corpo foi velado no teatro Carlos Gomes, no centro do Rio. No local, o irmão Frederico Grunnupp e a sobrinha Natasha Benzaquen receberam amigos e fãs que foram prestar homenagens.
De dez em dez minutos, o teatro Carlos Gomes foi invadido pela alegria e pela irreverência de Elke Maravilha, com a reprodução de um áudio em que ela dá bom dia, brinca com as "crianças" e se despede.
No fim da manhã, o padre Willian Coelho subiu ao palco para fazer a Celebração das Exequias. "É uma oração de despedida para a família e de pedido que Deus receba a alma dela na paz", explicou. No início da tarde, a atriz Manu Dumont fez uma leitura do texto "A Morte Não é Nada", de Santo Agostinho.
Elke era a mais velha de seis irmãos -- duas mulheres e quatro homens. Frederico, o irmão que morava com a artista, era o único no velório e falou sobre o legado da irmã. "A morte para ela era liberdade. Ela tinha desejo de conviver. A lembranca que fica é o respeito e a dignidadade que ela tinha. Ela também prezava pela igualdade. Nunca colocou ninguém acima nem abaixo dela."
Natasha, sobrinha de Elke Maravilha, falou sobre as lições que aprendeu com o modo de viver da tia. "Eu nunca vou esquecer dela e das coisas que aprendi. Fico muito grata por tudo que passei com ela. Todos têm que ser livres como devem ser e felizes como devem ser. Ela dizia isso."
Um dos primeiros amigos a passar pelo velório foi Leleco Barbosa, filho de Chacrinha. A atriz Zezé Motta também foi se despedir da amiga. "A última vez que estivemos juntas foi na Copa do Mundo. Mas a gente se falava bastante. Fiquei muito triste hoje, mas quando vi as fotos no telão e as mensagens das pessoas para ela, desatou o nó que estava no meu peito. Deu um conforto."
A atriz e ex-modelo Veluma, que era amiga de Elke Maravilha, foi ao local logo cedo para sua despedida. "Ficou em mim o sorriso e a voz dela. A irmandade que tivemos no mundo da moda. Eu sou o negativo da Elke. Quando eu comecei nos anos 70, éramos nós duas na passarela. Somos parceiras e ela é minha madrinha. Com ela, aprendi a liberdade de ser negra. Ela era minha irmã. Tempos bons."
Elke Maravilha morreu aos 71 anos no Rio de Janeiro. A atriz estava internada havia quase um mês na Casa de Saúde Pinheiro Machado, no bairro de Laranjeiras, após uma cirurgia para tratar uma úlcera. "Ela teve complicações após a operação e também tinha diabetes. Ela não estava mais respondendo aos remédios", explicou Frederico Grunnupp, irmão da atriz, ao UOL.
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