Fox estreia reality para restaurar maridos machistas e agressivos em escola
"Escola para Maridos", o novo reality da Fox Life, promete dar um curso intensivo para que os homens melhorem a postura com suas esposas e voltem a ser os companheiros pelo qual elas se apaixonaram no início do casamento.
Apresentado por Luigi Baricelli, o programa estreia na terça-feira (20), às 22h45, e mostra oito casais que estão em uma relação desgastada e buscam ajuda para salvar a vida a dois. O apresentador contou ao UOL que ficou surpreso com a postura de alguns maridos no programa, que já teve seus 13 episódios gravados em Bogotá, na Colômbia, durante cinco semanas.
"Os xingamentos com a mulher, isso me espantou muito. Teve uma aula de ciúmes, que foi muito forte para eles, foi uma loucura, um dos maridos saiu para ir para outra parte do estúdio, muito nervoso e eu fui pará-lo e ele gritava: 'Luigi, me deixa, por favor' e levantou a mão. Eu pensei: 'Agora vou apanhar'. Para não me bater, ele enfiou a mão na parede. Olha o que faz o fantasma do ciúmes", explica Luigi Baricelli, que é o diretor da escola, responsável pela dinâmica do programa.
Os maridos participantes têm perfis variados: mulherengo, gastador, agressivo, workaholic, ausente, machista, explosivo e vagabundo.
A cada semana, os casais passarão por aulas teóricas, práticas e de avaliação, com o objetivo de resgatar a harmonia e eliminar alguns comportamentos ou vícios, que foram desgastando as relações.
"Eles mostraram a ferida, foi exposta da maneira mais brutal. Tiveram momentos muito fortes. É um entretenimento, você se diverte, se emociona, mas é muito duro o que a gente vê também. Algumas coisas são meio chocantes", conta Baricelli.
A ausência de um casal gay talvez cause estranheza no público e o apresentador explicou que também foi uma falta sentida por todos da produção do programa.
"Acho que deveriam ter casais homossexuais. Não sei dar uma informação mais precisa, mas acho que não tiveram incrições de casais gays. O comentário geral da produção é que seria interessante ter um casal gay, discutir as relações e principalmente com os maridos, entender um pouco disso", explica.
O casal vencedor do "Escola para Maridos" ganhará uma segunda lua de mel e poderá escolher o destino da viagem. O programa conta com a participação especial da psicóloga e psicoterapeuta Ana Canosa, além de Felipe Solari e Diana Bouth.
"Sem compromisso, esses homens não vão conseguir aprender nada. Os casais trouxeram várias questões diferentes: problemas em relação ao machismo, problemas com relação à comunicação e algumas em relação ao namoro, ao sexo", explica Ana Canosa.
Baricelli defende o projeto da Fox e acredita que não seja um formato ultrapassado ao colocar maridos em uma sala de aula em 2016.
"O público vai conhecer os participantes, são pessoas que estão sofrendo, que têm dor, que querem melhorar o casamento, não tem nada de piegas nisto. Faz parte da natureza humana, desde que o mundo é mundo. O grande problema da humanidade, chama-se relacionamento".
"A gente tem que manter o ardor do primeiro dia"
Casado há 24 anos com a paulistana Andreia Baricelli, Luigi diz sua experiência com o matrimônio contribuiu para que ele fosse chamado para comandar o programa. O apresentador dispensa o rótulo de casamento perfeito e diz que, assim como todos os casais, eles enfrentam problemas, conta que mantém um casamento tradicional e entrega o segredo para que a relação não caia na rotina.
"A gente tem que manter o ardor do primeiro dia, ter o carinho, ativar sempre nossa relação sexual. A gente tem tesão um no outro. Eu, Luigi, jamais teria uma relação aberta, mas não posso julgar quem tenha".
Os dois são pais de Vittorio e Vicenzo e Luigi conta que o maior desafio do casamento atualmente é perceber que os filhos cresceram e que, em breve, seguirão suas vidas.
"A gente está com um filho na faculdade e outro está terminado o High School. Logo logo eles não vão estar com a gente e vão viver a vida deles. Eu e Andréa estamos nos preparando para essa fase, que é estarmos juntos curtindo e não ter o vazio deles não estarem com a gente. É a dificuldade da separação dos filhos que estão tão próximos da gente porque é uma coisa muito latina isso. Então temos que nos preparar para isso e estamos nesta fase".
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