Com baixa audiência, Porchat diz que público da noite ainda vai descobri-lo
Com um mês de programa na Record, Fábio Porchat ainda tem o desafio de ampliar seu espaço com o público da madrugada na TV. Em terceiro lugar na audiência entre 0h15 e 1h15, ele se diz satisfeito com os rumos do talk show, mas sabe que precisa melhorar e se fazer visto.
"Meia-noite e quinze quase ninguém zapeia o controle remoto. Se as pessoas estão me assistindo, tenho que manter esse público. Em algum momento as pessoas vão saber que meu programa está passando naquele horário”, disse o apresentador ao UOL, que acompanhou os bastidores das gravações do “Programa do Porchat” na última semana.
Na segunda-feira, o talk show bateu recorde negativo com 2,4 pontos na Grande São Paulo (cada ponto equivale a 69 mil domicílios). A atração anterior, comandada por Xuxa, teve o menor ibope desde a estreia (em agosto de 2015): 4,2 pontos. Porchat enfrenta a concorrência de atrações como “The Noite”, no SBT, com Danilo Gentili, e às quintas pega o final do “Adnight”, com Marcelo Adnet, na Globo.
"Conta muito, por exemplo, com quantos pontos [de audiência] meu programa recebeu. Quarta é um bom dia porque o Gugu é forte e os números são bons. Se me entregam com oito, a tendência é ir melhor do que se me entregam com três. E quantos intervalos têm? O que está passando nas outras emissoras, no Gentili? [A audiência] É muito complexa. Neste caso a ordem dos fatores altera o produto, mas claro que torço para os números subirem", analisa.
"Já fui dormir com a sensação de que podia ter feito melhor"
Fabio Porchat está se habituando à rotina de programa diário. Ele chega à Record por volta das 13h. No camarim, conversa sobre os últimos ajustes com o diretor, Diego Pignataro, e recebe os convidados. Conversa com eles por vinte minutos para criar intimidade e passar segurança durante as entrevistas. “Mas a primeira coisa que faço quando confirma alguém é assistir a entrevista que já ela deu para a Marília Gabriela. Assisto em outros lugares e tento pegar aquilo que não foi tão explorado”, revela.
As gravações começam por volta das 15h. Enquanto Porchat passa o roteiro, o humorista Paulo Vieira anima a plateia, e a banda Pedra Letícia faz a passagem de som. Quando Porchat entra no estúdio, os fãs gritam histericamente. Simpático, o apresentador conversa com o público, tira fotos e distribui autógrafos. Porchat grava o monólogo com as principais notícias do dia e, em seguida, a entrevista e brincadeiras com os convidados. Ao terminar, vai direto para o camarim onde– recebeu a reportagem do UOL.
Sem perder o bom humor, o apresentador diz que está pronto para a “sabatina”. Já começa dizendo que fazer um programa diário é “matar um leão por dia”, e que é muito crítico com ele mesmo: “Já fui dormir com a sensação de que podia ter feito melhor, que poderia ter perguntado mais coisas, poderia ter ido por outro caminho. Mas quando acaba a equipe conversa no grupo do Whatsapp, pergunto porque cortou uma cena que eu gostaria que ficasse. Sou crítico com tudo. Fico ligado em edição, roteiro, Mas também sou de agradecer, de falar que foi uma ótima ideia”, ressalta.
Foram 18 programas em um mês, tempo suficiente para que Porchat se sinta mais seguro como entrevistador. “Agora já sei o tempo limite para entrevistar, por exemplo, antes falava muito e depois cortava tudo na edição. Agora estou mais certeiro. Também já sei lidar com as câmeras. Encontro milhões de dificuldades, estou aprendendo, mas acho que estou no caminho legal”.
O apresentador diz ainda que as críticas positivas sobre o "Programa do Porchat" dão tranquilidade. "Fico no Twitter com o público e os comentários são ótimos. Não sou perfeccionista, mas eu gosto que seja engraçado, isso para mim é lei”, afirma ele, que fica em São Paulo de segunda à quinta, e volta para o Rio nos finais de semana para gravar esquetes do Porta dos Fundos e encenar a peça “Meu Passado me Condena”, com atriz Miá Mello.
Passado global
Com 11 anos de carreira, Fabio Porchat se tornou conhecido do grande público no seriado "A Grande Família", em 2012, na Globo, e no canal do YouTube Porta do Fundos, que explodiu em visualizações no ano seguinte. Diz que recusou as propostas da Globo porque não teria liberdade de criação como tem na emissora paulista: "Foi uma decisão difícil, mas acertada".
Expansivo e descontraído diante das câmeras, Porchat é discreto sobre sua vida pessoal. Ele namora há um ano Nataly Mega, diretora de produção do Porta do Fundos e raramente são vistos em público. “Eu não gero fofoca, não saio muito, então é difícil falarem de mim. Mas eu mesmo adoro uma fofoca”, diz, aos risos.
“O que me incomoda é quando falam mentiras sobre o programa ou a meu respeito. Poderiam sempre me ligar para checar”, lamenta ele, que encerrou a entrevista e foi correndo para a reunião de pauta do programa seguinte.
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