Repórter que se demitiu ao vivo por legalização da maconha pode ser presa
A repórter norte-americana Charlo Greene, que se demitiu ao vivo da emissora em que trabalhava para lutar pela legalização da maconha, pode passar décadas de prisão. O estado do Alaska, onde ela vive, a acusa de 14 crimes -- e, se for condenada, ela pode pegar até 54 anos na cadeia, de acordo com o jornal "The Guardian".
Greene pediu sua demissão em setembro de 2014, após a exibição de uma reportagem sobre os esforços para descriminalizar o consumo de maconha no estado. "F***-se, eu me demito", disse ela, depois de afirmar que iria devotar "todas as energias para lutar por liberdade e justiça, que começa com a legalização da maconha aqui no Alasca".
Na ocasião, a jornalista ainda revelou que era a dona do Alaska Cannabis Club, organização que ajuda pacientes que precisam da droga para tratamento médico. E foi justamente por causa do clube que ela passou a ser investigada. O estado fez várias operações no local e, eventualmente, acusou Greene de crimes de "má conduta envolvendo uma substância controlada".
O uso recreativo de maconha no Alaska é legal desde fevereiro de 2015. O problema, porém, foi que o clube estava operando antes de as regulamentações referentes ao assunto entrarem em vigor, de acordo com uma fonte ouvida pelo "Guardian".
"Você quase fica tonto quanto tenta entender isso", disse Greene ao ao jornal. "Isso pode literalmente me custar o resto da minha vida adulta".
O julgamento da jornalista está previso para ocorrer nos próximos meses.
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