Regina Casé estreia novo "Esquenta" e admite que formato estava desgastado

Preparem os lencinhos! A próxima temporada do "Esquenta", que estreia neste domingo (16), continua com a farra no palco com atrações musicais e os já conhecidos Arlindo Cruz, Mumuzinho, Péricles e Xandy de Pilares, mas, além disso, traz uma dose extra de emoção com costumes e curiosidades de famílias espalhadas pelo Brasil.

Regina Casé viaja pelo país para assistir ao programa em família e conhecer as histórias de vida dessas pessoas, o que em alguns momentos faz lembrar o "Brasil Legal", exibido na Globo de 1995 a 1997.

O novo formato, segundo a apresentadora, trouxe um gás novo para toda a equipe, que entendia o cansaço de parte do público para o modelo das temporadas anteriores.

"A gente estava com a língua para fora já e essa pausa foi boa para pensarmos neste formato. Ninguém gosta que alguém fale mal de você, mas ao mesmo tempo eu compreendia o que estava acontecendo. Eu tinha uma análise clara que a gente emendou um programa que foi idealizado para uma temporada, que virou um produto fixo e para gente também era muito difícil", contou Regina na coletiva de imprensa, que aconteceu nesta segunda-feira (10) em um restaurante na zona sul do Rio.

O primeiro programa terá momentos divertidos e emocionantes com a família Holanda, de Fortaleza, no Ceará. A apresentadora debaterá dois temas: adoção e a relação das empregadas domésticas com seus patrões.

"Tenho muita facilidade de me colocar na pele do outro, acho que não tenho nenhuma divisão", diz Casé.

No palco, Emicida e César Menotti e Fabiano garantem a animação do público na atração deste domingo.

Regina e sua equipe viajaram para a Bahia, Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo e já gravaram quase todos os programas desta temporada. A apresentadora diz não saber se o formato mais amplo, que não foca tanto na cultura e ritmos famosos no Rio de Janeiro, como aconteceu em alguns programas das outras temporadas, vai elevar a audiência do "Esquenta" em São Paulo.

"Acho que a audiência não é muito alta porque as pessoas de lá se identificam muito com o SBT, acho que é isso. Mas o PNT [Painel Nacional de Televisão] do 'Esquenta' no Brasil sempre foi muito bom", conta.

As famílias escolhidas para receber a equipe do programa foram selecionadas de acordo com a diversidade geográfica, cultural, social e religiosa. Uma das famílias é formada por judeus ortodoxos paraenses com quatro filhos rabinos. Na Bahia, Regina visitou uma família formada por uma mãe bordadeira que largou a escola para trabalhar e formar oito filhos.

"Quando a gente foi chamado para fazer um programa de auditório, nós todos achávamos que não íamos nos adaptar ao ar condicionado, estúdio, mas adoramos. Mas ao mesmo tempo a gente tinha uma saudade, uma vontade de ir para estrada, que está no DNA da equipe. Nunca pensei que existisse um programa que pudesse contemplar as duas coisas. Sempre falavam que eu tinha que voltar para as ruas e eu pensava que se voltasse para fazer o 'Brasil Legal' ia ser um retrocesso e a grande alegria, que deixou a equipe cheia de tesão foi que achamos um formato muito original".

A próxima temporada do "Esquenta" ficará três meses no ar e, segundo a apresentadora, deixou sua equipe com vontade de inovar cada vez mais o formato do programa.

"Estamos felizes de fazer isso de uma forma nova e ao mesmo tempo de não termos abandonado uma outra conquista, que foi o auditório. Acho que a gente está só engatinhando porque este formato é muito promissor. Onde ele vai dar, se isso vai continuar no 'Esquenta' ou não, eu não sei. Tem gente que olha e diz que é um outro programa, tem gente que diz que ainda é o 'Esquenta'. A única coisa que a gente sabe é que esse formato está muito desafiador e tem dado muita alegria para gente. A cada programa ele aponta para uma nova direção, isso é muito estimulante."