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Jornalista diz que Jô pediu desculpas após entrevista: "Percebeu que errou"

Do UOL, em São Paulo

12/10/2016 02h37

Um dos entrevistados do “Programa do Jô” da última segunda-feira (10), o jornalista Bruno Paes Manso afirmou que o apresentador telefonou para ele para pedir desculpas pela conversa no programa. Jô recebeu a socióloga Esther Solano e os jornalistas Manso e Willian Novaes para falar sobre o livro “Mascarados: A Verdadeira História dos Adeptos da Tática Black Bloc”, mas se desentendeu com os autores, reagindo com ironia ao que eles diziam.

“Ontem à noite eu estava bebendo no bar com um colega quando tocou o meu telefone. Era o Jô Soares (achei que era trote, SQN)”, escreveu Manso em seu perfil no Facebook nesta terça-feira.

“Ele pediu desculpas pela entrevista, disse que não tinha dado tempo para a gente responder… Fiquei até sem graça. Falei que não precisava se desculpar e tal. Quem nunca viajou numa conversa, afinal? Quantas vezes eu mesmo não fui despreparado para uma entrevista? Enfim, ele foi bem gentil e percebeu que errou. E nem precisava me ligar, mas ligou. Acho legal contar isso aqui, mesmo porque eu sou um advogado de defesa frustrado que seguiu outra carreira”, completou o jornalista.

Em seguida, Esther também usou suas redes sociais para comentar o pedido de desculpas do apresentador da Globo.

“Fiquei sabendo agora que Jô Soares ligou para o colega Bruno Paes Manso ontem à noite para se desculpar pela entrevista. Como eu defendo sempre o debate e nunca o linchamento, agradeço e aceito as desculpas. Coloco aqui para que vocês saibam também”, escreveu.

Entrevista tensa
O desentendimento entre Jô e os autores do livro começou logo no começo da entrevista, quando o apresentador perguntou por que eles tinham escolhido um assunto “tão tenebroso” e associou os black blocs ao movimento nazista.

“Eu vi vários deles (black blocs) com suásticas enormes pintadas nas costas”, disse Jô. “Black blocs, não. Ou então, muito poucos. Dos que eu entrevistei, nenhum”, respondeu Esther. “Mas um já dá para ser bastante”, rebateu o apresentador. “Mas por um você não pode intitular o resto como fascista, um não é a massa”, argumentou a socióloga.

Em outra oportunidade, Jô voltou ao assunto do nazismo, comparando a tática black bloc com o que se passava na Alemanha nazista, enquanto Esther balançava a cabeça, discordando. “Não tem nada a ver”.