Juliana Silveira se despede de "Terra Prometida": "Vilã honrou a saia"
Após 60 capítulos, Juliana Silveira se despediu de "A Terra Prometida" na última terça-feira (18) com uma morte trágica e digna da sua personagem, a rainha Kalési. Flechada pelo guerreiro Zaqueu (Ricky Tavares) após a queda das muralhas de Jericó, ela acabou picada pelas próprias serpentes e morreu ao lado do marido, o rei Marek (Igor Rickli).
"Quando recebi os capítulos e soube quem era a Kalési, achei que ia apanhar na rua. É uma novela bíblica, as pessoas torcem pelo Josué (Sidney Sampaio). Eu estava pronta para ser maltratada, mas foi o contrário. O brasileiro é muito noveleiro, entende perfeitamente bem que é uma personagem má e tenebrosa, mas não é de verdade", diz Juliana em entrevista ao UOL.
Diferente da maioria dos personagens de "Terra Prometida", Kalési não aparece na Bíblia, o que facilitou o trabalho de criação de Juliana. "Fazer uma personagem histórica, às vezes, te deixa engessada. Então criar uma rainha poderosa e feminista, que viveu antes de Cristo, foi um presentão. Acho que deu muito certo porque a Kalési conversa com as mulheres de 2016, com o empoderamento feminino. Ela criou uma empatia com as mulheres e todo mundo adorava. Ela foi uma rainha que honrou a saia que vestiu", afirma Juliana, que se divertiu com os comentários recebidos nas redes sociais enquanto estava no ar. "As pessoas falavam: 'Essa Kalési não perdoa um. Quer pegar até o Josué'". diz.
Aos 36 anos, Juliana começou a carreira como Angelicat, passou por "Malhação" e outras novelas da Globo e é até hoje lembrada por ter protagonizado a novelinha infantil "Floribella". "Me diverti com as pessoas dizendo que a Floribella estava má em 'Terra Prometida', afirma. Acostumada a viver mocinhas, a atriz lembra que buscou referências para viver Kalési em filmes épicos e de fantasia como "As Crônicas de Nárnia" e "O Caçador e a Rainha do Gelo". Sobre as comparações do nome de sua personagem com a Khaleesi de "Game of Thrones", ela disse que apesar das reclamações dos fãs da série, entendeu a intenção do autor Renato Modesto como uma homenagem. "No fim das contas eu achei bom porque causou um buchicho e muita gente que não ia nem ver, acabou vendo por curiosidade".
Para Juliana, abordar a sexualidade da rainha Kalési, adepta do relacionamento aberto e do poliamor, de uma forma leve foi um "grande alívio". Por causa do horário em que a novela é exibida e da classificação etária, ela não precisou interpretar cenas de sexo. "Sou uma atriz e se tiver que fazer eu faço, mas não é a minha parte favorita. Não gosto quando a coisa é muito gratuita e em 'Terra Prometida' deu para contar perfeitamente que essa mulher tinha essa sexualidade forte e imponente sem apelar", afirma.
"Teve uma hora que gritei"
Contracenar com cobras foi outro desafio enfrentado por Juliana em "Terra Prometida". Ela conta que na cena final, em que precisou ficar deitada e imóvel por algum tempo, chegou a ficar assustada.
"Elas estavam andando em cima de mim e quando ficaram muito perto teve uma hora que gritei", lembra. Pandora e Pedro, as serpentes usadas nas cenas de Kalési, vão deixar saudades, conta Juliana, mas não muitas. "Se você me perguntar se eu quero pegar uma cobra agora, não, não quero", brinca.
Contratada da Record até o fim de 2016, Juliana vai promover o lançamento de "A Terra Prometida" em Angola, mas ainda não sabe qual será seu próximo trabalho na emissora. "Vou aproveitar as férias para cuidar de casa e dos filhos", diz.
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