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"The Walking Dead" volta com dor, sofrimento e acerto de contas com os fãs

Ezekiel  - Divulgação/Fox - Divulgação/Fox
O "rei" Ezekiel, interpretado pelo ator Khary Payton
Imagem: Divulgação/Fox

Do UOL, em São Paulo

23/10/2016 07h00

Após uma pausa de seis meses desde o fim de sua sexta temporada, “The Walking Dead” retorna com capítulos inéditos neste domingo (23), às 23h30 no canal Fox. O episódio de estreia do sétimo ano da série deve servir como um acerto de contas com os fãs. Afinal, grande parte dos espectadores saiu frustrado do season finale passado, que falhou em não revelar o personagem morto pelo vilão Negan (Jeffrey Dean Morgan) em sua primeira aparição.

Questionável do ponto de vista narrativo, a escolha de salvar o mistério para abrir o sétimo ano foi o melhor marketing que “The Walking Dead” poderia ter criado. Desde as esculturas de cera imitando Negan e seus reféns expostas na Comic-Con de San Diego até a divulgação de trailers e teasers para fomentar a especulação. Tudo contribuiu para que o clímax em torno da morte aumentasse.

Entre os fãs, há uma espécie de bolão macabro sobre quem está destinado a morrer. Há quem defenda a partida de coadjuvantes como Abraham (Michael Cudlitz), Sasha (Sonequa Martin-Green) ou Eugene (Josh McDermitt), o que pouparia a choradeira, mas não justificaria o buzz.

Negan - Reprodução - Reprodução
"Hi, I'm Negan". Interpretado por Jeffrey Dean Morgan, novo vilão vai tirar personagens da zona de conforto
Imagem: Reprodução
Embora ninguém queira se despedir dos personagens mais queridos, a expectativa real é que algum sobrevivente central da história seja cortado. Se seguir fiel aos quadrinhos, a série vai mostrar Glenn (Steven Yeun) tendo o crânio esmigalhado. Se preferir um desfecho mais impactante, a morte de Daryl (Norman Reedus) é aposta certa. Qualquer que seja a opção, os fãs devem se preparar para imagens de dor e sofrimento.

Começar de novo

Com o peso de sete anos e de algumas temporadas irregulares em suas costas, “The Walking Dead” retorna ainda com a promessa de renovação, algo já adiantado na sinopse da temporada: “O tema geral é começar de novo. O mundo não é mais do jeito que eles pensavam. É maior e muito mais perigoso”.

O vilão Negan, já icônico pela atuação de Dean Morgan, dará fôlego para a trama. Sua presença e a de seu taco de beisebal Lucille cumprirão a função de tirar Rick Grimes (Andrew Lincoln) e todo seu bando da zona de conforto. Até mesmo os personagens que ainda não tiveram seus destinos cruzados pelo líder dos Salvadores já deram indícios de estarem revendo posturas. Como esquecer a trama paralela da fuga de Carol (Melissa McBride) que terminou com Morgan (Lennie James) matando um homem e traindo suas convicções?   

Também já é certa a entrada de novos personagens e a chegada mais aguardada é a de Ezekiel (Khary Payton), líder do Reino que fará uma aliança com Rick para combater Negan.

A cota de gore, aquelas cenas sangrentas que causam um misto de nojo e emoção, também está garantida. O novo personagem tem a tigresa Shiva como animal de estimação, uma prova irrefutável de que cabeças de zumbis rolarão.

Com todos esses elementos, é possível dizer que “The Walking Dead” tem o taco de beisebal e um fandom apaixonado na mão. Mais certo do que a perda de um personagem querido é o desejo de que a série consiga surpreender, fazendo de seu sétimo ano a temporada mais épica da atração.

7ª temporada de "Walking Dead"
Onde: Canal Fox
Quando: Domingos, às 23h30