Após anos de previsões na TV, sensitiva Márcia é sensação na web
Se fosse por uma previsão própria, Márcia Fernandes não teria dado esta entrevista. Aos 64 anos, a clarividente que fez carreira na televisão e hoje é a sensitiva mais requisitada da internet anteviu que morreria em 2016.
“Estou desconfiada que me deixaram um pouco mais na Terra. Acho que tive um livramento”, comemora Márcia, recém-recuperada de uma cirurgia nos seios que a deixou na UTI de um hospital. “São os engenheiros siderais que veem isso, gente que está perto de Deus. Eles olham seu fichário e, se acham que você está fazendo muito bem, te deixam ficar um pouco mais. Acho que ganhei um tempo até os 74”, diz.
Márcia recebeu a reportagem do UOL nos estúdios da Rádio Mundial em São Paulo, onde há mais de dez anos apresenta o programa “Algo Mais”, líder de audiência na emissora. Desde janeiro, ela passou a colocar os programas no YouTube - seu canal tem mais de 250 mil assinantes - e também a transmiti-los ao vivo pelo Facebook - onde mais de 820 mil fãs acompanham seus posts.
“Credo, minha filha, você tem encosto”
O jeito desbocado de falar com os ouvintes foi logo descoberto e não tardou a virar meme na internet. A sensitiva é uma metralhadora de sinceridade e é impossível não gargalhar com seus conselhos sem filtro. “Márcia, estou estudando para um concurso público, vou passar?”, questiona uma ouvinte. “Credo, minha filha, você tem encosto. Este ano não tem emprego para você, não, nem adianta tentar. Próximo ouvinte”, dispara.
Entre um merchan e outro, ela segue despejando sugestões com base no nome e na data de nascimento de quem pede. “Reza oito Ave Marias por dia que você fica rica”, sugere. “Banho de sabonete azul é a melhor coisa para tirar obsessor”, indica. “Tem que passar a pomada para fechar o umbigo e não ser vampirizada”, avisa. “Para de ser doida!”, esbraveja. Sobra até para a reportagem: “Precisa segurar mais a língua, porque você fala demais e faz muitos inimigos”.
Márcia não esconde a empolgação de desbravar a internet. “Essa turma jovem é uma turma que está ligada na espiritualidade sem ser muito carola. Eles estão ligados em energia. Esses dias eu gravei um podcast para um blog com nove pessoas. Os nove me fizeram perguntas e todos ficaram impressionados com as respostas. E é por isso que eu estou nos jovens porque eles me testam. Cada vez mais eu estou com eles e estou feliz que estejam abertos”, afirma.
"Não sou sensacionalista"
Nascida no bairro da Vila Romana, em São Paulo, Márcia diz que herdou a paranormalidade da avó e do pai, que eram médiuns e praticantes da doutrina espírita. “Com cinco anos, comecei a ver gente morta, via minha avó sentada na cama. Eu queria morrer. Não foi fácil, mas agora que estou velha, estou mais equilibrada. Nem sempre é assim. Você vê gente sem cabeça, gente em cima dos outros. É muito ruim. Às vezes eu não quero, mas eu não tenho sensor, sou igual a cachorro. Cachorro vê tudo, por isso eles latem para o nada”, conta.
A sensitiva chegou a estudar contabilidade, mas a mediunidade falou mais alto. Amiga da família Abravanel, Márcia conheceu Rick Medeiros, então homem de confiança de Silvio Santos nos anos 2000. Foi ele quem a levou para a TV. A estreia foi no “Programa Livre”, do SBT, apresentado por Babi Xavier.
“No meio do programa, a Babi falou 'Tá vendo alguém?'. Aí eu olhei para uma menina e falei: 'Tua irmã morta, com o rosto todo desfeito, está do seu lado. Ela está te mandando um beijo'. Depois disso acabou. Você fazer isso ao vivo numa televisão é muito impressionante. Fui para tudo quanto é lado”, lembra.
Apesar de participar dos programas de fofoca, Márcia diz não gostar de fazer previsões sobre famosos. “Acho trash, mas até faço. Esses dias me perguntaram se a Anitta vai ser feliz no amor, expliquei que vai ser difícil, mas que ela tem que tentar. A diferença é que eu não pego pesado. Não sou sensacionalista. Não vou falar que fulano vai morrer. Eu explico mais leve, para que eu vou magoar alguém, né?”, diz.
Se não está fácil para Anitta, o que dizer do resto do mundo? Segundo a sensitiva, o prognóstico geral de 2017 também não é bom. “Vai ser um ano de muita doença, muita morte e quem não se cuidar, vai perder tudo o que tem”, sentencia.
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