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Séries dos EUA batem recorde na representação de negros e LGBTs

Representação de gays aumentou, mas esses personagens continuam morrendo, como a Denise de "The Walking Dead" - Divulgação/AMC
Representação de gays aumentou, mas esses personagens continuam morrendo, como a Denise de "The Walking Dead" Imagem: Divulgação/AMC

Do UOL, em São Paulo

03/11/2016 11h58

As séries irão registrar um recorde na representação de minorias. De acordo com dados da organização americana GLAAD (sigla em inglês para Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação), haverá um recorde de personagens LGBTQ, negros e deficientes na temporada 2016 e 2017 da TV norte-americana – entre o primeiro grupo, porém, persiste um problema: a maioria dos gays e bissexuais que aparecem na telinha morre.

O estudo “Where We Are on TV”, promovido pelo GLAAD, afirma que 4,8% dos personagens regulares nesta temporada serão LGBT, 20% serão negros e 1,7%, pessoas com deficiência. O número de personagens transgêneras também aumentou significativamente: foi de 7, na última temporada, para 16 nesta. A pesquisa leva em consideração programas de TV exibidos na TV aberta, na TV paga e em serviços de streaming, como a Netflix.

Apesar dos avanços, o GLAAD verificou que permanece o clichê “enterre seus gays”. Desde o começo de 2016, 25 personagens femininas lésbicas e bissexuais morreram nas séries, como a Denise de “The Walking Dead” e a Lexa de “The 100”.

A organização ainda verificou que há pouca diversidade racial entre personagens LGBTQ na TV a cabo e no streaming – no primeiro, 72% dos personagens desse grupo são brancos, e no segundo, 71%.

“Enquanto é encorajador ver o progresso feito na representação da população LGBTQ na TV, é importante lembrar que os números são apenas uma parte da história, e nós devemos continuar a pressionar para retratos mais diversos e complexos da comunidade LGBTQ”, disse Sarah Kate Ellis, presidente do GLAAD.

“O GLAAD irá continuar a trabalhar com Hollywood para contar histórias LGBTQ que acelerem a aceitação, e [irá] responsabilizar emissoras, serviços de streaming e criadores de conteúdo pelas imagens e histórias que eles apresentam”.