Betty Faria diz que se recusou a fazer novela por implicar com personagem
Uma das principais atrizes da TV brasileira, Betty Faria se emocionou ao relembrar meio século de carreira durante homenagem preparada pelo "Vídeo Show", na Globo, nesta sexta-feira (11).
No programa, a veterana revelou que chegou a gravar 30 capítulos da primeira versão de "Roque Santeiro" (1975), mas que desistiu porque teria implicado com a sua personagem, a viúva Porcina.
"Eu gravei 30 capítulos e foi censurado no dia da estreia [da novela]", relatou a atriz. "A Tieta me passou uma coisa boa, modificadora, não importa o passado dela, e eu não sentia isso na Porcina, eu impliquei. Quando a gente implica com a personagem é melhor a gente não fazer", aconselhou.
Ainda durante o "Vídeo Show", Betty assistiu a vários VTs de trabalhos e especiais vasculhados pela produção do programa, agradeceu à equipe e não segurou as lágrimas. Em seguida, ela também não esqueceu de agradecer a Gilberto Braga, autor com quem trabalhou em várias novelas. "Ele fez muito por mim [ao longo desses anos]", disse.
Betty contou também que sente saudades de uma personagem em especial chamada "Lazinha Chave de Cadeia", interpretada por ela em "O Espigão", novela escrita por Dias Gomes, em 1974. "Foi um trabalho muito bom, muito gostoso de fazer, [na época] terminei grávida do João, foi especial", afirmou.
Inicialmente bailarina, Betty estreou na Globo participando de programas musicais como "Dick & Betty" em 1965. O primeiro trabalho como atriz foi na série "TNT" no mesmo ano. Participou de inúmeras novelas como "O Salvador da Pátria" (1989), "Tieta" (1989) e "A Indomada" (1997).
Teve rápidas passagens ainda pela TV Bandeirantes e também pela TV portuguesa. São 51 anos de carreira ao todo. Considerada uma das mulheres mais sexy nos anos 1980, Betty chegou a posar três vezes para a revista Playboy -- foi duas capas no Brasil e uma no México.
Em 2013, ela se envolveu em polêmica na internet ao ser clicada de biquíni aos 72 anos. Revoltada com as críticas, disparou. "Velha baranga, sem espelho, e outras ofensas que, passada a raiva, me fizeram pensar na burca. Então querem que eu vá à praia de burca, que eu me esconda, que me envergonhe de ter envelhecido? E a minha liberdade? Depois de tantas restrições alimentares, remédios para tomar, exercícios a fazer, vícios a evitar, todos próprios da idade, ainda preciso andar de burca? E o prazer, a alegria, meu humor?", finalizou.
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