Após frase polêmica, Faustão se explica e discute violência contra mulher
Depois de provocar polêmica ao afirmar que "tem mulher que gosta de homem que dá porrada", Faustão aproveitou o espaço em seu programa na tarde deste domingo (13) para explicar o sentido da declaração.
"Quando eu disse sobre a 'questão da porrada' não é nada disso que muita gente, muita gente, não, algumas pessoas entenderam. Elas [as bailarinas do programa], inclusive, entenderam, porque são meninas que fazem faculdade. Às vezes, você fala para uma amiga 'não se mete com esse cara porque ele é galinha ou ele é porco, é pão duro ou é bebum', aí o que acontece, a mulher não ouve o amigo ou a amiga, ela insiste porque ela acha que vai recuperar, e foi isso que falamos aqui", se justificou Faustão.
O apresentador também debateu o assunto com a cantora Marília Mendonça. "A violência doméstica é crime. A gente fala sobre isso há muito tempo, há mais de 20 anos. Agora, também é aquilo, se você está com relacionamento sério, o cara é grosso, te trata mal, não vale a pena também [continuar]", finalizou Fausto.
Na semana passada, Fausto Silva provocou a ira de internautas nas redes sociais ao afirmar que "tem mulher que gosta de homem que dá porrada".
"Homem que dança leva vantagem com a mulherada?", perguntou Fausto à plateia. Depois de receber a resposta positiva, o apresentador emendou. "Tem mulher que gosta de homem bêbado, que gosta de homem que dá porrada, ela diz 'vou recuperá-lo'. Ah, então vai ser enfermeira, p @ # # @", disse ele, sem segurar o palavrão.
"Mas tem mulher que gosta de homem que sabe dançar, que puxa a cadeira", amenizou, em seguida.
As palavras do apresentador geraram reação (negativa) imediata de O web. "Senhor Fausto Silva não 'existe mulher que gosta de apanhar', tem mulheres sim, aprisionadas em histórias de muita dor", disse um deles, acrescentando a famosa hashtag #calaabocafaustao.
"Estava vendo o Faustão e ele me solta um 'tem mulher que gosta de bêbado, de homem que dá porrada'. Meu deus, que nojo", repudiou outro.
Organizações Não Governamentais, como a Rede Mulher e Mídia, coletivo de entidades que defendem direitos das mulheres, também enviaram carta pedindo direito de resposta à direção da TV Globo, conforme informou a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo dados divulgados pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, o Ligue 180, número da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, registrou um aumento de 133% nos relatos envolvendo violência doméstica e familiar, no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período em 2015.
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