Tatá Werneck diz se considerar estranha e critica discriminação com comédia

Tatá Werneck disse se considerar uma "pessoa estranha" fora dos palcos, numa divertida entrevista concedida ao programa "Estúdio i", do canal de notícias Globo News, nesta sexta-feira (13).

"Eu acho que sou estranha, não sei se é ser engraçada. Eu acho que fisicamente precisam dar uma estudada", disse ela, ao responder uma pergunta feita pela apresentadora Maria Beltrão, se ela se acha uma pessoa engraçada na vida.

Considerada uma das principais humoristas do Brasil, Tatá afirmou ainda que a comédia é uma ferramenta política transformadora, capaz de trazer reflexões, mas ressaltou que ela ainda é vista com uma certa discriminação.

"Eu acho o riso uma ferramenta política transformadora, capaz de trazer reflexões, é a minha dose diária de sobrevivência. Mas tem isso, né? Da comédia ser vista como o primo pobre da interpretação. [A comédia] ainda é muito discriminada, parece que é uma arte à margem", criticou.

Tatá vê até com uma certa normalidade a pressão que recebe de sempre estar disponível para fazer as pessoas rirem.

"As pessoas não me entendem se eu não tiver muito animada. Uma vez, eu estava passando mal e uma mulher me colocou soro e disse 'você já esteve mais animada'. Eu respondi 'eu tenho soro na minha veia'. Eu até entendo de estar sempre disponível para... [fazer as pessoas rirem]", avaliou.

Sabatinada durante cerca de uma hora, a comediante falou ainda sobre outros temas, como seu fanatismo pela série "Chaves", exibida no SBT, a sua preferência pelo teatro, as manias esquisitas que tem no dia a dia, e também sobre o lançamento do novo filme, "TOC", em fevereiro.

No fim do programa, e com o seu tradicional bom humor, Tatá ainda brincou dizendo que iria se casar com a apresentadora Maria Beltrão e a convidou até mesmo para ir dormir na sua casa.