Na Record, sobrinho de Fagundes diz que faz sucesso com as avós dos amigos

O sobrenome famoso não esconde o parentesco: sobrinho de Antonio Fagundes, Felipe Fagundes, 31 anos e ator há 12, em breve estreia em sua primeira novela depois de uma carreira baseada no teatro e esporádicas participações especiais na TV. Diferentemente do tio global, o maior papel do jovem na televisão surgiu na Record. Ele será Fergau, uma espécie de Robin Hood em "Belaventura", uma aventura medieval com princesas, príncipes e cavaleiros.

"Mandaram ficar barbudo e deixar o cabelo crescer. Em pleno verão!", brinca o ator, que faz mistério sobre o personagem. "Já tinha feito cadastro na casa um ano e meio atrás, fiz teste para 'O Rico e Lázaro'. Achei bem interesse jogar energia nesse lugar", afirma.

Se o nome do tio – que é irmão de seu pai, Jorge – abre portas? Só se for a de algumas fãs do eterno galã. "Sou querido pelas avós dos meus amigos porque meu tio é um 'pão' (risos). Tenho orgulho de ser da mesma família, ele é um puta artista. As pessoas acham que isso me dá abertura, mas isso não existe", conta ele, acrescentando que o tio costuma assistir a todas as suas peças. "Ele é incrível", afirma. 

Desde o início da carreira, o ator teve experiência com outras funções no teatro, que lhe deu oportunidade de viajar por várias cidades do país e onde também teve experiência como diretor. Foi contrarregra, técnico de som, assistente de direção, atuou em peças como "Meu Nome é Ernesto" e "A Marca do Zorro" e dirigiu espetáculos como "Eu Sou João Gustavo". 

Televisão foi consequência e, mesmo assim, bem aos poucos: seu currículo inclui participações em "Força-tarefa", "Além do Tempo" e "Os Dez Mandamentos", já na Record.

"Fiz um teste para um personagem que acabou sendo do Marcello Melo em 'Malhação", vi um pouco como era a TV na prática e isso me deixou angustiado. Não queria cair de paraquedas ali dentro. Virei aluno da escola do Wolf Maya, fui estagiário, caboman. Ter essa experiência com câmera, com a linguagem me deixou mais interessado", afirma ele, que agora se sente preparado para a primeira novela.

Como é comum na profissão, Felipe também já teve trabalhos paralelos: já deu expediente em loja e recentemente passou três meses trabalhando como garçom. 

"Passei três meses juntando grana como garçom no Mirante do Arvrão, no Vidigal. Pensei: 'Ninguém está comprando nada. O que eu posso fazer?'. Achei esse lugar turístico e pratiquei meu inglês", conta.