Fiuk volta às novelas e fala sobre o pai: "Fugi muito, mas sou igual a ele"

O horário nobre tem seu preço e Fiuk garante que está disposto a pagar por Ruy, um dos protagonistas de “A Força do Querer”, de Glória Perez, que estreia nesta segunda-feira (3). “Acredito ser esse o meu primeiro papel maduro e eu quis distanciá-lo da minha personalidade, que é mais irreverente, mais moleque. Respiro o Ruy e não faço mais nada na vida porque quero muito ter orgulho desse trabalho.”  

Quando Filipe Kartalian Ayrosa Galvão fala em “primeiro papel maduro”, ele se refere aos seus dois trabalhos anteriores em novelas inteiras como Bernardo de “Malhação” (2009) e Agenor de “Aquele Beijo” (2011). Ele fez ainda participações em "Guerra dos Sexos" (2013) e "Geração Brasil" (2014). Personagens que ele confessa ter feito mais na base do instinto, da intuição, mas que dessa vez a coisa mudou de figura.

Depois de um único teste, um monólogo e aprovação para o papel, Fiuk fez uma preparação de quatro meses com três profissionais diferentes - Eduardo Milewicz, Sérgio Penna e Andrea Cavalcanti. “Há um tempo queria voltar à televisão, mas queria fazer tudo diferente. Passei por um momento de transição, muitos questionamentos. Desde que comecei a trabalhar fui empurrado a fazer as coisas e ia fazendo aqui e ali. Parei para repensar e ver exatamente o que eu queria e eu queria era renascer como ator", contou ao UOL.

Ruy Garcia é um jovem empresário pronto para assumir o lugar do pai, Eugênio (Dan Stulbach). Noivo de Cibele (Bruna Linzmeyer), ele acredita que ela é a mulher da sua vida.

Só que em uma viagem de negócios para Belém, ele se encanta com Ritinha (Isis Valverde) e aí nasce um triângulo amoroso. “Isso acontece muito na vida real. Às vezes, a gente ama uma pessoa, vai à padaria e na esquina encontra alguém que você fala: 'Nossa!'. Isso já aconteceu comigo! A gente é bobo quando o assunto é amor. Eu estou atrás do amor da minha vida. Aliás, sempre tive.”

Aos 26 anos, Fiuk diz que não passa um dia sem ouvir que “é a cara do pai” e assume estar mesmo cada vez mais parecido com Fábio Júnior. "Fugi muito, mas sou igual a ele. Algumas vezes me pego fazendo as mesmas coisas, as mesmas manias e fisicamente, então, não precisa de DNA, né?", diz entre risos.

"Sempre falava que não queria ser como meu pai porque ele trabalhava muito e sofri bastante com a sua ausência durante a minha infância. Hoje, eu entendo."

Ele entrega que Fábio Júnior aprovou o pouco que viu das chamadas da novela. “Ele é suspeito, mas os elogios dele são importantíssimos para mim”, revela Fiuk, que deu tempo na carreira de cantor por conta da novela.

“Sempre fiz tudo meio junto. Desta vez, resolvi separar as coisas. Já tenho um álbum praticamente pronto e espero lançar duas ou três músicas durante a novela. O resto vai ficar para depois do último capítulo." Mas adianta: "Eu amo muito cantar e atuar. Preciso fazer as duas coisas".