Após clipe com Anitta e Safadão, cavalinhos do "Fantástico" terão série
Os carismáticos cavalinhos do "Fantástico" ganharão mais espaço na Globo. Após cantarem com Anitta, Nego do Borel e Wesley Safadão, no último domingo, os personagens terão uma série própria desenvolvida por Tadeu Schmidt e os criadores dos bonecos. A produção, que deve ser voltada para a internet, mostrará o mundo dos cavalos fora do ar.
"Quando os cavalinhos não estão correndo, onde eles estão? Como vivem? Provavelmente vai ser uma concentração, como se fossem jogadores de futebol. Vamos fazer uma banheira de hidromassagem, vestiário com caminha, uniformes", antecipa Quiá Rodrigues, criador e manipulador dos bonecos.
Para o artista de 48 anos, a nova produção acabará com as queixas de algumas torcidas: "Vamos poder brincar mais com os times, porque no quadro do Tadeu Schmidt não temos muito tempo e nem sempre aparecem todos. Os torcedores estão reclamando. Será como um spin-off do quadro dos cavalinhos." Os textos da série da web são escritos por Tadeu Schmidt e uma equipe de roteiristas. Eles também são responsáveis pelas piadas com os times no quadro da TV.
Cada vez mais populares, os cavalos cantaram no "Fantástico" do último final de semana uma paródia de "Você Partiu meu Coração" com Anitta, Safadão e Nego do Borel, para celebrar a abertura do Campeonato Brasileiro. Fátima Bernardes, Susana Vieira, Padre Fábio de Melo e outros artistas também participaram do clipe, que virou meme nas redes sociais.
Dois atores, 20 cavalinhos
Os bonecos surgiram em 2014, durante a reformulação do "Fantástico", para substituir os cavalos em 3D, que sobrecarregavam a produção de arte. Três anos depois, as mudanças do programa sumiram. Somente os cavalinhos sobreviveram e tiveram reforço no elenco. O quadro, que começou com nove bonecos, agora tem 20, cada um representando um clube da Série A do Campeonato Brasileiro.
Quiá estreou na TV na extinta Manchete, manipulando o cachorro de Angélica no "Clube da Criança". Também trabalhou na "TV Colosso", nos programas e nos DVDs infantis de Xuxa. No "Fantástico", ele interpreta dez cavalinhos (entre eles os torcedores de Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro) e a zebrinha, tradicional personagem do início do "Fantástico", que reapareceu após 32 anos.
A outra metade do time de cavalos fica a cargo de Renato Spinelli, manipulador do cavalo corintiano e do vascaíno com sotaque lusitano. Os dois profissionais são atores e sócios da Oficina de Bonecos Animados. Eles ensaiam com Tadeu Schmidt pouco antes do quadro de esportes ir ao ar.
Assédio em estádio
O clipe com as estrelas da Globo não foi o auge da fama dos cavalinhos para Quiá Rodrigues. Ele viu pela primeira vez a popularidade de sua criação quando foi escalado para cobrir o jogo do título brasileiro do Palmeiras, em novembro de 2016.
"Nunca tinha ido para perto do povão com o cavalinho. Fui muito assediado, foi um sufoco mantê-lo na minha mão. Os jogadores arrancaram o cavalinho do meu braço. Fiquei inseguro, com medo de estragarem o boneco. Puxei para cá, eles para lá. Soltei e falei: 'Cuida bem deles'. Eles trataram bem, enfiaram o braço e manipularam. Ali ficou claro que o produto tinha muita força", recorda.
Após o jogo, o vice-presidente da Chapecoense, adversária do Palmeiras naquele jogo, convidou o manipulador para levar o cavalinho do time catarinense na decisão da Copa Sul-Americana, marcada pela tragédia aérea que matou 71 pessoas: "Fizemos várias homenagens, porque nos tocou muito, estávamos prontos para viajar para a final".
Cavalinhos não estão à venda
Apesar das centenas de pedidos na internet, os cavalinhos não estão à venda. O alto custo de produção e o licenciamento dos times de futebol ainda dificultam a comercialização dos bonecos. É possível, contudo, encontrar cavalos "piratas" em sites de compra online.
"Há na internet muitos cavalos 'piratas' à venda. Inclusive botam 'É fanático', não 'É Fantástico'. Eles são muito espertos. Mas não têm o mesmo acabamento que os nossos e vendem muito barato, em média de R$ 100 a R$ 120. Isso não pagaria um cavalinho nosso. Não conseguiríamos vender um por R$ 100. Adoraríamos fazer este ano, muita gente pede nas nossas redes sociais", afirma Quiá Rodrigues.
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