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Ex-dançarina de É o Tchan monta banda e acusa ex-patrão de perseguição

Joyce foi quem escolheu os dançarinos da banda "Minaloka", Ramses Zaid e Gabi Sampaio - Reprodução/Instagram/@joycemattos
Joyce foi quem escolheu os dançarinos da banda "Minaloka", Ramses Zaid e Gabi Sampaio Imagem: Reprodução/Instagram/@joycemattos

Ana Cora Lima

Do UOL, no Rio

04/06/2017 04h00

A batalha entre É o Tchan e a ex-dançarina Joyce Mattos promete novos rounds. Ela foi demitida depois de gravar um vídeo, em janeiro, relatando maus tratos durante uma turnê. Agora, ela está com uma nova banda e quer entrar de vez no circuito musical baiano, concorrendo com os ex-patrões.

“Minha banda se chama Minaloka e o nosso primeiro show será no dia 8 de julho, em Ilhéus. É uma banda de arrochadeira, um tipo de ritmo que toca muito no nordeste, principalmente no interior da Bahia. É diferente de axé, mas a gente quer fazer sucesso também e ter um espaço de destaque na música baiana”, assume Joyce, que deu início ao projeto há um mês.

Durante cinco anos, Joyce e Zanza Pereira foram as dançarinas do grupo baiano - Reprodução/Instagram/@joycemattosoficial - Reprodução/Instagram/@joycemattosoficial
Durante cinco anos, Joyce e Zanza Pereira foram as dançarinas do grupo baiano
Imagem: Reprodução/Instagram/@joycemattosoficial
"Eu e toda nossa equipe estávamos e ainda estamos correndo atrás de matérias em jornais e entrevistas em programas de rádio e TV de Salvador. Acertamos tudo, marcamos as participações e, de repente, assim do nada, as pessoas desmarcam. Eu pergunto se existe algum problema ou pressão de terceiros e aí a pessoa se cala. Tenho certeza que nesse angu tem caroço! Tem gente me perseguindo, tem gente querendo me barrar  na imprensa para eu nem poder começar a divulgar o meu trabalho. É feio acusar sem provar, mas sei quem anda fazendo isso. É típico dele. É só ver o histórico de confusões".

Joyce não fala o nome de Compadre Washington - ele move um processo judicial contra a ex-funcionária. Em março, ele prestou uma queixa numa delegacia de Salvador, acusando a dançarina de calúnia e difamação por conta do vídeo no qual Joyce e a outra dançarina, Zanza Pereira, reclamavam de uma suposta expulsão de um show, em Juiz de Fora, no final de janeiro.

No vídeo, elas denunciaram também maus tratos por parte dos integrantes do grupo baiano, citando o Compadre Washington. "Isso ainda rende, mas não me arrependo de nada. Tudo que falei foi verdade e eu tenho provas", diz a cantora que dos ex-patrões só elogia o vocalista Beto Jamaica.

"Ele é uma pessoa sensacional e quem me deu a primeira chance. Em vários shows, ele deixava eu cantar no intervalo", revela agradecida.

Formada em dança, Joyce é filha de músico e canta desde pequena. Desde que recebeu o convite para ser vocalista da Minaloka passou a compor e é dela a música de lançamento da banda, que já toca nas redes sociais: “Treme Treme Paredão”.

“A letra é praticamente a minha vida e eu falo que 'o povo está descrente que ela também canta'. É um recado direto mesmo", diz, entre gargalhadas.

Há um mês, Joyce se divide entre Ilhéus, sede da banda, e Salvador, onde mora. Apesar da correria, ela está muito feliz com os novos rumos de sua vida: "Sabe que aquela coisa: 'Parece que o jogo mudou, não é mesmo, querido?'. Foi exatamente isso que aconteceu".

A reportagem procurou a assessoria de imprensa do "É o Tchan", que não se manifestou até a publicação desta matéria.