Sem shows em cadeias, Rita Cadillac diz que fala com presos pelo Instagram
Prestes a completar 63 anos, Rita Cadillac se vê muito diferente desde que começou uma "transformação" há três meses. A recauchutagem foi exibida no “Programa do Gugu” em 17 de maio.
Os processos cirúrgicos e tratamentos estéticos elevaram a autoestima da ex-chacrete, que por conta de problemas com o peso havia perdido a vontade de se cuidar.
Quando se refere a “empurrãozinho”, Rita quer dizer um gasto de R$ 136 mil para fazer tratamentos estéticos como clareamento e implantes dentários, aspiração de papada, correção das pálpebras, minilifting no rosto, acompanhamento funcional e dieta. Um valor que ela diz não ter disponível para gastar com beleza.
“Sempre soube que esses procedimentos eram caros e eu nunca tive dinheiro assim sobrando [risos]. O Gugu sabia desse meu desejo de dar uma rejuvenescida e aí aconteceu. Criou o quadro para me dar tudo isso de presente”, assume Rita.
Ela fez duas exigências para participar da atração: "Avisei que não queria ficar com bico de pato e nem queria ter aparência de garotinha. O meu rejuvenescimento teria que ser suave e natural. Deu certo".
Com a desativação do Carandiru, na zona norte de SP, há 15 anos, Rita deixou de fazer shows no presídio e aos poucos foi perdendo também as apresentações nos outros complexos penitenciários.
"Foi ficando perigoso com muitas brigas entre facções e aí as autoridades resolveram suspender as atividades culturais. Eu fiquei triste porque eu tinha uma relação bem bacana. O respeito era mútuo", revela Rita, ainda chamada de Madrinha dos Detentos.
"Continuo com esse título, continuo recebendo muitas cartinhas, mas agora o nosso maior meio de comunicação é o Instagram. A maioria dos meus seguidores [são 64,4mil] é de detentos", conta.
Uma das chacretes mais populares do "Programa do Chacrinha" nos anos 80, Rita de Cássia Coutinho jura que foi vítima de poucos assédios sexuais em toda sua carreira.
"Lógico que sofri, mas foram poucos diante do que eu ouvia das outras meninas. Eu sempre tive a cara de braba, de brigona e acho que isso amedrontava os homens. Não estou fazendo a linha Poliana, mas acho que antigamente as cantadas eram menos agressivas, mais sutis. Sofri mais preconceito das mulheres, mais ataques das mulheres do que dos homens", explica.
Rita diz que nunca se importou muitos em ser alvo de comentários maldosos. "Não mesmo e olha que já ouvi tantas as coisas, tantas maldades. Mas, nunca me incomodou porque eu sabia o que eu era. Quando eu vejo, meninas jovens, donas de si e mandando todo mundo passear, eu fico muito feliz", observa Rita que entrega sua admiração pela cantora Anitta. "Eu acho ela incrível. Gostosa, poderosa e de personalidade. Daria uma chacrete e tanto".
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