Débora Nascimento se emociona ao falar de amiga que morreu de anorexia

Débora Nascimento é responsável por um dos momentos mais emocionantes da segunda temporada do programa "Vai, Fernandinha". A atriz revelou para Fernanda Souza os bastidores da época em que tentou seguir a carreira de modelo.

"Eu estava entre as 30, e lembro que teve um jantar. Eles já tinham me falado: 'Você tem que emagrecer, porque o seu quadril é 91. Não tá rolando'. Eu tinha 15 anos, era jeca. Lembro que me enchi de água, fui comendo devagarzinho, porque estava morrendo de fome... Aí chegou a sobremesa, e eu queria uma colherada apenas. Isso naquela mesa com 30 meninas magras e promissoras. Peguei a colher. Aí veio o moço da agência e tirou da minha mão: 'Você não pode, você tem que emagrecer'", recordou Débora, no programa previsto para ir ao ar na sexta-feira (16), às 22h30, no Multishow, e já disponível no MultishowPlay.

"Hoje eu sei o quanto foi escroto. Por isso que eu comecei a desmaiar, ficar sem comer. Minha mãe me salvou quando viu que eu estava definhando. Ela me salvou da anorexia", conta. 

Em conversa com Fernanda Souza, ela lembra que ficou entre 30 meninas selecionadas para uma semana de treinamento numa agência, mas sofreu críticas por não estar no padrão e teve um princípio de anorexia.

A mulher de José Loretto, então, se emociona e vai às lágrimas. "Eu te entendo. Nunca tive essa profissão, mas às vezes me sinto nesse mesmo caminho", afirma Fernanda.

A convidada lembra ainda uma grande perda causada por essa enorme pressão sobre as modelos.

"Tem menina que engole algodão, que toma detergente. Uma amiga minha faleceu de anorexia. Eu lembro que a encontrei uma vez e falei: 'Nossa, como você emagreceu!'. O assunto era como você fez para estar tão magra? Ela dizia: 'Quanto mais magra fui ficando, mais rica e conhecida fui ficando, mais foco eu fui tendo'. É um ciclo viciante. Ela faleceu, foi notícia. É muito difícil", recorda.

Fernanda também fica emocionada com o relato e desabafa: "Quando é que eles vão parar? Você foi induzida a perder essa noção. Pelo amor de Deus, gente! Por que não pode ter roupas maiores? A gente não é assim!".

As duas fazem uma reflexão sobre como a aceitação de Débora pode servir de exemplo para outras meninas serem saudáveis e terem autoestima.

"Por isso que eu penso também na nossa posição como mulheres que têm essa mídia em cima. Por mais que o caminho seja mais fácil eu não vou me drogar para ter o corpo perfeito. Eu vou falar: 'Gente, tenho celulite, sim!'. Se tiver uma adolescente que olhe para mim e diga: 'Ufa! Eu posso ter o cabelo cacheado, com frizz, posso ter o meu quadril, minha bochecha, minha celulite...'. Uma que possa ter essa referência... Valeu. A vida não é só estar nesse lugar, ter dinheiro, fama. O que é sucesso? É ser conhecida na rua?", diz.

"Ame o seu corpo, não ame o dela. Mulheres, sejam livres", pede.

No programa previsto parar ir ao ar na sexta-feira (16), às 22h30, no Multishow, e já disponível no Globosatplay, a atriz relembra situações difíceis do início da carreira como modelo. 

Em conversa com Fernanda Souza, ela lembra que ficou entre 30 meninas selecionadas para uma semana de treinamento numa agência, mas sofreu críticas por não estar no padrão e teve um princípio de anorexia