Lázaro diz que chorou com biografia: "Vergonha de compartilhar com Taís"
Lázaro Ramos disse nesta quarta-feira (5) no "Saia Justa", do canal pago GNT, que foi difícil se abrir e contar histórias de sua vida para Taís Araújo, sua mulher e uma das apresentadoras do programa. O ator, que lançará a autobiografia "Na Minha Pele" nesta quinta, na livraria Cultura, em São Paulo, também revelou que não queria escrever sobre sua trajetória.
"Eu não queria escrever uma autobiogafia. Eu fiquei muito nervoso, porque não sabia como seria escutado. Eu tinha reações físicas, chorava. Era muito sincero, mas eu tinha vergonha de compartilhar, até com a Taís, as histórias de vida com a minha mãe", disse, sobre um dos motes do livro.
Ele lembra um dos momentos que cita na obra. "Eu não entendia por que minha mãe comprava só uma linguiça para colocar no feijão e repartir para todo mundo. É incrível como a gente tem vergonha dessas histórias. A Taís foi muito importante para mim nesse processo, pois eu pensava: 'As pessoas vão me conhecer melhor e eu não quero'", confessa. "E no lançamento em Salvador, as pessoas me abraçavam e diziam 'minha mãe é como a sua."
Também da Bahia, Pitty, que divide o sofá com Taís, Mônica Martelli e Astrid Fontenelle, viu pontos em comum com a trajetória de Lázaro. "Apesar de eu ser branca, a gente veio do mesmo lugar, eu me identifiquei com a linguagem, as palavras, mas principalmente com a história", disse a roqueira. "É tão importante a gente falar sobre preconceito, racismo com todos. Tentei não vomitar verdades", explicou o ator.
Política
Em seguida os cinco falaram sobre o momento político atual. "A gente vive uma época em que as pessoas vivem em polarizações, PT x PSDB, e não conseguem dialogar. Ninguém escuta ninguém, as pessoas perderam a capacidade de se colocar no lugar do outro. Tem dias que leio uma notícia e estou pronto para a luta. No dia seguinte vejo outra notícia e penso: não tem o que fazer, me sinto de mãos atadas" contou Lázaro.
Monica deu sua opinião: "Muita gente foi para a rua em 2014 achando que o problema era o PT, que tirando o partido do poder melhoraria, e piorou. Acho que a perplexidade que o povo vive gera apatia, falta de crença. Falar 'Fora Temer' não tem efeito nenhum. Estamos de luto, todo o projeto de nação que existia foi derrubado". Taís complementa. "Sinto a gente à deriva. As pessoas têm o desejo louco da mudança, mas nada acontece, por mais que vá para a rua".
Pitty pregou a união: "Isso tudo foi arquitetado por movimentos, as pessoas foram colocadas na rua, mesmo que não tenham consciência disso. A gente tem que entender qual o interesse comum, não dizer 'ah, [esse protesto] é de sindicato, não vou, é de não sei o que, não vou'. A gente não pode deixar o medo do desconhecido nos paralisar e tem que apostar no novo, não pensar 'está tudo horrível, mas melhor não mexer".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.