Mumuzinho sobre papel em Os Trapalhões: "Sinto um pouco da alma de Mussum"
Difícil imaginar uma figura mais adequada do que Mumuzinho para encarar a empreitada de interpretar o sobrinho de Mussum no revival de "Os Trapalhões", que estreia no próximo dia 17 no Viva e em setembro na Globo.
As coincidências são várias, a começar pelo seu apelido, que surgiu justamente por causa do inventor do bordão Cacildis. "A gente assistia muito os 'Trapalhões' e meu irmão tinha o porte físico parecido com o do Mussum, então ele virou Mumu e eu, o Mumuzinho. As pessoas achavam que eu era filho do Mussum, isso sempre me perseguiu."
"Sou magro, mas a gente se parece no jeito de falar, brincar, de se dar bem com todo mundo e tem o lado do samba, que já convivo há muito tempo", compara o pagodeiro. Antes de entrar para a trupe, Mussum fez parte do grupo Originais do Samba, nos anos 60.
Mesmo assim, Mumuzinho ficou inseguro quando chegou para gravar. Seria ele capaz encarnar um personagem tão próximo do ícone no programa?
O agora humorista começou a se preparar para o papel assim que recebeu o convite do diretor Ricardo Waddington, quando ainda estava no "Esquenta".
"Passei dois meses vivendo a vida do Mussum, pesquisei tudo. Colocava no YouTube vídeos deles para ouvir o timbre, o jeito de falar, a expressão do olho. O Sandro, filho do Mussum, mora no meu prédio. Às vezes ia lá, ele me leva no quarto e me mostrava tudo do Mussum", contou.
O resultado agradou Didi e Dedé Sant'Anna, que se emocionou e chegou a chorar ao ver Mumuzinho e Gui Santana atuarem.
"O Mussum era natural, ele não via o texto, soltava os cacos na hora. Ele pegou os bordões da rua, da boêmia... Na verdade nunca vou conseguir fazer igual. Mas é a alma, o cheiro, o espírito dele."
O cantor garante que sentiu a energia do verdadeiro Mussum ao entrar em cena para gravar: "Teve uma senhora espírita que me disse que eu recebo o Mussum. Acho o jeito de andar semelhante e parece que sinto um pouco da alma dele".
Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, morreu em 1994, aos 53 anos, vítima de complicações após um transplante de coração.
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