Justiça mantém investigação de homicídio contra cunhado de Ana Hickmann
A Justiça de Minas Gerais determinou o prosseguimento do processo que investiga o homicídio doloso de Gustavo Henrique Bello Correa, cunhado da apresentadora Ana Hickmann, contra Rodrigo Augusto de Pádua.
Pádua atentou contra Hickmann num um hotel na região sul de Belo Horizonte, em 21 de maio de 2016, e acabou sendo morto pelo cunhado da apresentadora.
A defesa alega legítima defesa, mas as alegações não foram acatadas pela juíza Âmalin Aziz Sant'ana, responsável pelo processo, que determinou o prosseguimento das investigações do caso. As audiências de instrução do processo ainda não foram marcadas.
Pela decisão, publicada no Diário do Judiciário desta segunda-feira (17), a juíza determinou o prosseguimento do processo. “Afasto, nesse momento, as alegações da Defesa, ratifico o recebimento da denúncia e dou prosseguimento ao feito”.
A argumentação dos advogados de Correa foi de que ele agiu em legítima defesa. Na peça de defesa de Correa, os advogados alegam que “quem age em legítima defesa não comete crime. Então, não tem por que ser condenado. E por isso, teria o arquivamento do caso”.
O cunhado da apresentadora foi enquadrado pelo MP (Ministério Público) no Artigo 121 do Código Penal, que prevê reclusão de 12 a 30 anos por homicídio qualificado. A denúncia é contrária ao que a PC (Polícia Civil) apontou em investigação. Em 17 de junho, o delegado responsável pelo caso, Flávio Grossi, pediu o arquivamento do inquérito alegando que o cunhado da apresentadora teria agido em legítima defesa.
Grossi sustentou ainda que o atentado sofrido pela apresentadora foi planejado por Pádua em todos os detalhes, dos locais de abordagem até a escolha da arma do crime. Pádua foi morto com três tiros na nuca, depois de luta corporal que teria durado cerca de 8 minutos, de acordo com o promotor.
Na denúncia, o promotor Francisco Assis Santiago diz que Correa, ao iniciar embate corporal com Pádua, agiu em legítima defesa, mas excedeu essa condição e praticou homicídio doloso.
A principal prova disso, para o promotor, são os três tiros dados na nuca do fã que atentou contra a apresentadora. O agressor chegou ao quarto depois de render Correa e o obrigar a levá-lo até o apartamento Hickmann, que estava com uma assessora. Os três foram mantidos sob a mira de um revólver.
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