De volta ao Rio há 1 mês, Rita Guedes foi assaltada e quer lutar pelo país

Foram 10 anos morando em Los Angeles e, sempre que a saudade apertava ou uma sedutora proposta de trabalho pintava, Rita Guedes dava um rasante no Brasil. Mas há um mês ela voltou para ficar. Na contramão de famosos como Wagner Moura, que estão dando "see you soon" e buscando cidades americanas como porto seguro, a atriz retornou com intenção de se estabelecer.
“Vi que morar fora já não fazia sentindo. Vim para me jogar em novos projetos e também porque queria estar por aqui neste momento tão difícil. O Brasil está doente, abandonado pelos políticos e, se todas as pessoas fossem embora e só voltassem quando estivesse tudo bem, não vamos ter cura nunca. O momento é de ficar e lutar. Claro, que eu sou uma gota no oceano, mas estou fazendo a minha parte.”
Quando, Rita diz “fazendo a minha parte”, ela quer dizer se posicionar nas redes sociais, participar de manifestações e cobrar de forma mais incisiva do poder público. Coisa que ela sabe ser rara na classe artista.
Há duas semanas, ela foi assaltada em plena luz do dia em um dos bairros mais valorizados do Rio, Ipanema, zona sul da cidade. "Muitas pessoas presenciaram o assalto, mas ninguém fez nada. Ninguém me ajudou".
Ela diz que foi logo reconhecida e isso não é muito difícil para essa paulista de Catanduva, que chegou ao Rio em 1992 para fazer sua primeira novela na Globo, "Despedida de Solteiro", quando tinha 20 anos. Hoje, aos 45, Rita é daquelas atrizes que o tempo continua sendo generoso.
"Me sinto uma privilegiada", afirma, entre risos. "As pessoas me param e me pedem receitas e dicas do que eu faço no meu dia a dia. Não tenho nenhuma receita milagrosa! O que eu tenho são alguns segredinhos de alimentação que acho muito importante. Sou super-regrada, como quase de tudo, menos doces e refrigerantes. Nunca. A minha maior preocupação é ser saudável."
Ela diz que ainda faz sagradamente academia três vezes por semana, seguida de uma corrida na praia.
Bem-humorada, Rita confessa que ser considerada bonita e atraente já a atrapalhou em vários momentos de sua carreira. “São atributos que uma pessoa tem e que, muitas vezes, chegam à frente do talento. Teve momentos que senti isso e me incomodou. Os meus personagens tiveram uma certa dose grande de sensualidade e sempre procurei achar um meio de não ficar nesse 'sex appel', sempre procurei fazer um trabalho interno, que me sustentasse como atriz, e isso foi a minha mola."
Recentemente, Rita lançou o longa-metragem "Mar Inquieto", produzido por sua empresa, a Guedes Filmes, depois de quatro anos de espera.
"Foi uma luta muito grande, mas nós conseguimos. Eu gostaria que o filme tivesse mais distribuição -duas salas em Porto Alegre, duas em São Paulo e uma no Rio- e uma maior divulgação, mas esse é um problema que quem faz cinema no Brasil enfrenta”, observa.
Agora, a atriz está em dois projetos para televisão: "Já estou gravando 'Toc's de Dalila', uma série de humor do Multishow com a Heloísa Perissé e, em setembro, estreia a segunda temporada do seriado policial “1 Contra Todos”, da Fox. Gosto de fazer televisão, de novelas, mas não tenho nada concreto. Quem sabe no ano que vem”, deixa escapar.











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