Topo

Fafá de Belém torce para que Almerinda vá até o fim de "A Força do Querer"

Uma das primeiras cenas que gravou em "A Força do Querer", Fafá de Belém foi marcada pela tensão: o encontro com Abel (Tonico Pereira) e Zeca (Marco Pigossi). Sua Almerinda conta para o rapaz que é a sua mãe desaparecida há anos   - Divulgação/TV Globo/Rafael Campos
Uma das primeiras cenas que gravou em "A Força do Querer", Fafá de Belém foi marcada pela tensão: o encontro com Abel (Tonico Pereira) e Zeca (Marco Pigossi). Sua Almerinda conta para o rapaz que é a sua mãe desaparecida há anos Imagem: Divulgação/TV Globo/Rafael Campos

Ana Cora Lima

do UOL, no Rio

22/07/2017 04h00

Dois dias depois de assinar o contrato como atriz da Globo, Fafá de Belém já estava gravando “A Força do Querer”. Principal consultora de Glória Perez para “assuntos extraordinários" paraenses, a cantora agora assume o papel de Almerinda, ou Mere Star, a mãe desparecida de Zeca (Marco Pigossi), que reencontra o filho quase três décadas após seu sumiço.

“Antes mesmo de a novela entrar no ar, a Glória Perez havia me dito que eu iria entrar na trama, mas levei na brincadeira. Na reta final do Show dos Famosos, fui chamada para conversar com a produtora de elenco e, até então, não sabia de nada. Desconfiava de uma participação. Só descobri que era a Almerinda no dia que recebi um bolão de capítulos para decorar. Entrei em pânico”, diz, soltando sua gargalhada inconfundível.

Como não é uma mulher de voltar atrás nas suas decisões, Fafá não só aceitou o desafio como resolveu participar efetivamente da construção de sua personagem.

“Quando fiz a prova do figurino, eles vieram com a ideia de uma mulher cheia de cores, alegre, espirituosa. Falaram em Elke Maravilha e eu achei uma referência ótima, mas fui buscar umas fotos de quando cheguei de Belém com 16 anos e era muito cabelão, saião e decotes. Almerinda é meio cigana, meio hippie, é independente, intensa, afetiva, de gestos largos. A vida não consegue atropelá-la. Uma personagem muito interessante", explica Fafá.

A personagem entra em cena na próxima terça-feira (25).

Fafá considera Almerinda uma mulher de muitas cores. "Ela é meio cigana, meio hippie com cabelos soltos, independente e com muita personalidade" - Divulgação/TV Globo/Rafael Gomes - Divulgação/TV Globo/Rafael Gomes
Fafá considera Almerinda uma mulher de muitas cores. "Ela é meio cigana, meio hippie com cabelos soltos, independente e com muita personalidade"
Imagem: Divulgação/TV Globo/Rafael Gomes

Mesmo com formação teatral, Fafá assume certa dificuldade com as marcações. Sorte é quem seu núcleo é "porreta". "Estou encantada. Fui recebida de braços abertos por todos. Gratidão mesmo. Generosidade. Diferentemente da música, o trabalho do ator é aquele de passar a bola para outro e eu tenho a sorte de ter ao  meu lado pessoas fabulosas”, observa.

A mãe de Mariana e avó de Laura e Júlia já torce para Almerinda ficar até o final da novela, previsto para outubro. “Quero muito. Espero que ela não vá embora, não seja atropelada ou morra de forma trágica”. 

Fafá diz que sabe muito pouco sobre o futuro da personagem. “Sei que depois desse encontro com o Zeca e o Abel [Tonico Pereira], ela vai ser acolhida por Edinalva [Zezé Polessa], que está perfeita como essa mulher fuxiqueira, cheias de sonhos. Gravamos uma cena muito engraçada, nós falamos o texto e continuamos falando, emendando os assuntos. Hilário, mas eu acho que o diretor que vai cortar tudo.”

Sem querer ver as cenas antes de irem ao ar, Fafá diz que se sente orgulhosa em participar da trama. "Uma novela que abraçou a minha gente, a que melhor está retratando o meu povo. Não estamos caricatos, de plumas e leds. O paraense é isso ali."

"A Glória Perez trouxe de volta o folhetim rasgado, uma trama à la Janete Clair, que para muitos autores é a mãe de todos os novelistas. Ela tem essa coisa de contar a história através do humano. São temas difíceis, duros, reais e polêmicos que todo mundo abraça, comenta. Que outra novela as pessoas estariam tão preocupados com a vida da Bibi, se essa vida bandida foi uma opção! Só que tem o outro lado e aí as pessoas passam a se envolver. A trama se entrelaça com a sociedade e vira assunto nas esquinas, nas casas e nos trabalho. Isso para mim é o genial, é o poder de uma novela", explica.